EL – MLL - Lusa
Luanda, 21 mai
(Lusa) - Angola consolidou em 2012 o lugar de quarto maior mercado das exportações
portuguesas, com as vendas de bens e serviços de Portugal a ultrapassarem pela
primeira vez a fasquia dos 4 mil milhões de euros.
A informação foi
dada à Lusa por Luís Moura, Conselheiro Económico e Comercial da embaixada de
Portugal em Luanda, à margem de um encontro de empresários luso-angolanos
promovido na segunda-feira à noite pelo embaixador de Portugal.
"No total,
Portugal exportou cerca de 4,3 mil milhões de euros. Exportou praticamente 3
mil milhões de euros em bens, mais 1,3 mil milhões em serviços. Angola é o
nosso quarto mercado, e esse lugar foi consolidado claramente em 2012 e no
primeiro trimestre de 2013 já há dados que confirmam esta evolução",
disse.
No sentido inverso,
também se verifica um acentuado crescimento, com Angola, que em 2008 era o 36.º
fornecedor de bens a Portugal, a subir 30 posições, situando-se agora como
sexto.
O crude angolano
representa a quase totalidade das exportações de Angola para Portugal, com 99
por cento do total.
O encontro
promovido pelo embaixador João da Câmara juntou a missão empresarial
portuguesa, organizada pela Associação Industrial Portuguesa, que participou,
até domingo, na 3.ª edição da Feira Internacional de Benguela (FIB), e
empresários angolanos.
Jorge Oliveira,
diretor do Departamento de Feiras e Exposições da AIP, disse à Lusa que a
participação portuguesa na FIB, apoiada pela Agência para o Investimento e
Comércio Externo de Portugal (AICEP), "constituiu um sucesso".
"Na província
de Benguela (litoral sul de Angola), há um grande dinamismo, um conjunto de
obras e projetos enormes que estão em marcha e para os quais as nossas empresas
têm competências", frisou.
A missão integrou
15 empresários de nove empresas, e os setores mais representados foram
produtores de materiais elétricos, distribuição de energia, ambiente,
impermeabilização, aterros sanitários, agropecuária e materiais de construção.
"Não temos
dúvida que em Benguela se vai criar um polo forte, dinamizador de
negócios", acrescentou Jorge Oliveira.
Aquele responsável
da AIP disse ainda que as empresas portuguesas que desejem apostar na
internacionalização deverão seguir duas regras básicas: ter capacidade
financeira e quadros preparados.
"A
internacionalização é muito exigente. Tanto ao nível de alguma capacidade
financeira, porque não será no dia a seguir que se começam logo a ter
resultados, como a um outro nível também extremamente importante: É preciso vir
com os melhores", defendeu.
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