FMI prevê
"crescimento notável" da economia moçambicana, apesar das cheias
07 de Maio de 2013,
10:31
Maputo, 07 mai
(Lusa) - O vice-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) David
Lipton afirmou hoje em Maputo que a economia moçambicana terá um crescimento
notável, na ordem dos sete por cento, apesar do "efeito devastador das
cheias".
David Lipton
considerou que a economia moçambicana estará à altura de "evitar o
pior" provocado pelas calamidades naturais, quando falava numa palestra na
Universidade A Politécnica, no âmbito da visita que realiza ao país.
"O desempenho
de sete por cento que Moçambique vai alcançar até ao final do ano é de todo
mais notável, porque acontece num contexto em que o país foi assolado por
cheias severas. O impacto humano foi devastador, mas a economia conseguiu
evitar o pior", assinalou o norte-americano David Lipton.
PGR moçambicano
apresenta na quarta-feira relatório anual sobre criminalidade
07 de Maio de 2013,
08:42
Maputo, 07 mai
(Lusa) -- O Procurador-Geral da República (PGR) de Moçambique, Augusto Paulino,
apresenta na quarta-feira, na Assembleia da República, o seu "Informe
Anual" sobre a criminalidade no país.
Cumprindo um
imperativo que a Constituição da República impõe ao PGR moçambicano, Augusto
Paulino vai dar conta das atividades que a instituição desenvolveu em 2012 no
quadro das competências que detém, mas será o ponto em que se encontram os
processos-crime mais mediáticos que vai atrair a atenção dos moçambicanos.
Auscultados pela
imprensa moçambicana, analistas apontam o alegado envolvimento do ministro da
Agricultura e membro da Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), partido no poder, José Pacheco, no contrabando da madeira, os casos
de corrupção nas empresas públicas e a violação dos direitos políticos dos
partidos da oposição como os assuntos que devem constar no Informe Anual do
PGR.
"Quero
esclarecimentos à volta do contrabando da madeira, tendo em conta que o PGR não
se pronunciou perante denúncias e factos", disse ao diário O País o
presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Custódio Duma, também
advogado, sobre as expetativas em relação ao relatório do PGR.
Por seu turno,
Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM),
terceiro maior partido do país, que tem denunciado a inviabilização das suas
atividades pelos membros da Frelimo, diz que estará atento à avaliação do PGR
sobre o respeito dos direitos políticos e humanos no país.
"Uma das
questões que gostaria de ouvir do PGR tem que ver com a violação sistemática
dos direitos políticos e também humanos no nosso país", afirmou Daviz
Simango.
O porta-voz da
Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido da oposição,
Fernando Mazanga, espera que Augusto Paulino se pronuncie sobre a detenção de
dezenas de membros do partido, na sequência de confrontos no início de abril
entre antigos guerrilheiros do movimento e a polícia.
Os confrontos
provocaram pelo menos cinco mortos e vários feridos.
PMA // VM
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