Anabela Natário -
Expresso
Ao fim de sete
horas, os conselheiros de Estado abandonaram o Palácio de Belém depois de terem
analisado as perspetivas da economia para quando a troika deixar o país.
O Conselho de
Estado defende "disciplina financeira, solidariedade e estimulo à
actividade económia" para combater a situação em que a União Europeia se
encontra, não referindo a palavra austeridade no comunicado de cinco parágrafos
saido da reunião de sete horas.
"O Conselho de
Eatado entende que o programa de aprofundamento da União Económica e
Monetária deve criar condições para que a União Europeia e os Estados-Membros
enfrentem, com êxito, o flagelo do desemprego que os atinge e reconquistem a
confiança dos cidadãos, devendo ser assegurado um adequado equilíbrio entre
disciplina financeira, solidariedade e estímulo à atividade económica",
disse Abílio Morgado, consultor do Presidente e secretário do Conselho, lendo o
comunicado com o resumo da reunião.
No que respeita à
já falada possibilidade de se criar uma União Bancária, o Conselho analisou a
"instituição dos mecanismos de supervisão, de resolução de crises e de
garantia de depósitos dos bancos" que considera "um passo da maior
importância para corrigir a atual fragmentação dos mercados financeiros da Zona
Euro".
O Presidente da
República, Cavaco Silva, reuniu o Conselho de Estado para debater o tema
"Perspetivas da Economia Portuguesa no Pós-Troika, no Quadro de uma União
Económica e Monetária Efetiva e Aprofundada".
Neste Conselho de
Estado não participou o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco
Cordeiro, por se encontrar no arquipélago nas comemorações do Dia dos Açores. E
o ex-Presidente Mário Soares abandonou a reunião cerca das 20h, alegando que a
sua saúde não lhe permitia continuar.
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