Liliana Coelho -
Expresso
Ana Avoila diz que
o seu sindicato está apenas disponível para "uma convergência" de um
dia para a paralisação na Função Pública. "A nossa greve está marcada para
junho", reafirma.
A Frente Comum
anuncia sábado o dia em que a Função Pública fará greve, disse ao Expresso a
dirigente Ana Avoila adiantando que o seu sindicato, afeto à CGTP, não fará uma
"greve conjunta", mas não se oporá a que a UGT marque uma paralisação
para o mesmo dia.
"A nossa greve
está marcada para junho, quem quiser fazer convergência estamos
disponíveis", disse a coordenadora da Frente Comum, referindo-se à
UGT cujo secretariado está hoje reunido para decidir formas de luta.
Segundo a
sindicalista, o dia da greve da Frente Comum será anunciado amanhã depois do
protesto agendado pela CGTP frente ao Palácio de Belém contra as políticas do
Governo e da troika.
"A questão da
convergência está em cima da mesa. Digo convergência, porque não será uma greve
conjunta. Vamos esperar para ver o que decidem. Nós anunciaremos amanhã o dia
da paralisação em junho, vamos manter a nossa autonomia", acrescentou.
Ana Avoila
sublinhou ainda que se a CGTP optar por uma forma de "luta superior"
e avançar para a greve geral, a Frente Comum "naturalmente" também
adere.
A demissão do
Governo e a luta contra o "ataque brutal" aos trabalhadores da Função
Pública são os principais objetivos desta greve.
Os trabalhadores da
Função Pública protestam contra os despedimentos, a mobilidade
especial, as rescisões, o aumento do horário de trabalho, o aumento das
contribuições para a ADSE e os cortes nos salários.
UGT quer maior entendimento
A UGT reúne hoje o
secretariado nacional, anunciando no final a decisão sobre a forma de luta
contra as políticas do Governo.
O líder da UGT,
Carlos Silva, tem manifestado disponibilidade para uma "maior convergência
com a CGTP", mostrando-se surpreendido na segunda-feira com o anúncio de
uma greve da Frente Comum.
O
vice-secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública
(SINTAP), afeto à UGT, José Abraão, disse ontem à Lusa que estavam reunidas as
condições para uma greve geral na administração pública, dado o
"violentíssimo pacote de medidas apresentado pelo Governo".
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