segunda-feira, 3 de junho de 2013

Angola: UNITA ACUSA POLÍCIA DE TER MORTO DOIS DIRIGENTES SEUS

 

EL – MLL - Lusa
 
Luanda, 03 jun (Lusa) - A UNITA, principal partido da oposição em Angola, acusou a polícia de ter morto dois dirigentes seus durante a noite de sábado para domingo, segundo um comunicado daquela formação partidária.
 
Segundo a UNITA, os dirigentes mortos foram António Zola Kamuku, secretário comunal do Kikolo, alvejado dentro de casa, e Filipe Sachova Chakussanga, inspector municipal da UNITA no Cacuaco, retirado à força da sua residência e abatido com vários tiros.
 
"Estamos perante uma reedição da caça ao homem destinado à eliminação seletiva dos militantes da UNITA", lê-se no comunicado.
 
O objetivo enquadra-se numa alegada estratégia para provocar uma resposta dos militantes do Galo Negro, designação como também é conhecida a UNITA, "para haver em Angola mais um banho de sangue, como o de 1992 e 1993", acrescenta o comunicado
 
A nota de imprensa afirma que a UNITA foi o partido mais votado nas eleições gerais de 31 de agosto de 2012.
 
Citando uma testemunha do que designa como "assassinato" de Filipe Sachova Chakussanga, a UNITA refere que foi um "contingente de 11 agentes da polícia que protagonizaram o crime".
 
"Entre os agentes encontrava-se o senhor Pena, segundo Comandante da Esquadra do Bom Pastor, a quem Filipe Sachova conhecia e estendeu a mão para cumprimentar, tendo recebido em resposta uma bofetada. Na sequência, refere a testemunha ocular, os agentes levaram o malogrado para fora do quintal, tendo em seguida escutado disparos de armas de fogo", lê-se no comunicado.
 
"Ao amanhecer encontramos o corpo estendido no campo", concluiu a fonte, citada pela UNITA.
 
Segundo Lourenço Bento, da assessoria de imprensa da UNITA, o partido deverá realizar na terça-feira, em Luanda, uma conferência de imprensa sobre as duas mortes.
 
A Lusa não conseguiu obter nenhum comentário da Polícia Nacional angolana.
 
A morte dos dois dirigentes sucede à de um outro dirigente da UNITA, ocorrida no passado dia 11 de maio na província do Huambo, alegadamente da responsabilidade de quadros do MPLA, partido no poder.
 
A UNITA já exigiu que a Assembleia Nacional envie urgentemente uma comissão parlamentar de inquérito para averiguar as circunstâncias do assassínio do secretário municipal das finanças da UNITA, Francisco Epalanga.
 

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