O protesto
organizado pelo deputado tambarina Nelson Centeio contra a instalação de
parquímetros no Plateau, ficou muito aquém do esperado, apesar de terem pago
pela participação dealguns automobilistas. O parlamentar tambarina é a cara da
derrota
“O PAICV já não é o
que era”, disse-nos um velho militante comentando o fiasco protagonizado hoje
pelo deputado tambarina Nelson Centeio (na foto). A intensão era um grande
“buzinão” para contestar a decisão da Câmara Municipal da Praia em instalar
estacionamento pago nas ruas do Plateau, uma bandeira erguida pelo partido
tambarina que, como se constatou, não teve o benefício da adesão popular. É que
grosso modo, os praienses entendem a medida e concordam com as autoridades
municipais que pretendem dar ordem ao Plateau e preservar a traça histórica que
lhe é subjacente. Por outro lado, o velho militante do PAICV adianta outra
justificação: “aquele rapaz não tem credibilidade nenhuma, veja aquilo da
segurança”, refere, numa alusão a recentes declarações de Centeio onde este
defendia que o governo já tinha resolvido o problema da segurança.
Contestação paga
Os participantes não chegaram a ultrapassar a meia centena de viaturas e, mesmo
assim, os organizadores tiveram que pagar a 10 taxistas para engrossarem a fila
de “descontentes” que se traduziu num buzinãozinho passando praticamente
despercebido.
Visivelmente desiludidos com a fraca adesão dos praienses, os organizadores
ameaçam agora seguir para tribunal, por considerarem ilegal a decisão
camarária. E parece até ter havido uma inversão de estratégia. Se antes,
Centeio e os camaradas eram contra a instalação de parquímetros, agora já são a
favor de momento que sejam “legais”, porque “ka tive concurso público na
parquímetro”, como se podia ler nos vidros de uma das viaturas.
Entre os participantes era muito difícil encontrar alguém que não fosse
militante tambarina. Além de Nelson Centeio, uma das mais patuscas figuras da
Assembleia Nacional, foi um desfilar de eleitos municipais do PAICV e de mais
meia dúzia de pessoas que não sabiam muito bem para que tinham ido ali. Claro
está, tudo muito bem embrulhado: “é apenas cidadania”, garantia ao final da
manhã o pobre do Centeio desolado pelo fiasco.
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