PMA – MLL - Lusa
Maputo, 03 jun
(Lusa) - Os médicos e profissionais de saúde moçambicanos entraram hoje na
terceira semana de greve pela melhoria das condições salariais e de trabalho e
exigem que a equipa negocial do Governo integre representantes dos ministérios
das Finanças e da Função Pública.
Em declarações à
Lusa, fonte da Associação Médica de Moçambique, entidade promotora da greve,
disse que a ação irá continuar até que as reivindicações dos profissionais de
saúde sejam atendidas.
"Esta luta é
para continuar, até que sejam resolvidas as questões que nos levaram à greve. A
mobilização dos profissionais de saúde está a aumentar, com a adesão dos
profissionais dos distritos que souberam tarde da greve", afirmou a fonte.
A Associação Médica
de Moçambique exige agora a recomposição da equipa do Governo envolvida nas
negociações, com a integração de representantes dos ministérios das Finanças e
da Função Pública.
"A equipa que
se tem encontrado connosco até agora não tem autoridade nem competência para
decidir. Queremos que do lado do Governo façam parte pessoas com poder de
decisão", afirmou a mesma fonte.
Para a Associação
Médica de Moçambique, apenas o Ministério das Finanças pode explicar
fundadamente o argumento da falta de cabimento orçamental que o executivo tem
usado para recusar o aumento salarial exigido pelos profissionais de saúde.
Por seu lado, o
Ministério da Função Pública deverá indicar as razões da não aprovação do
Estatuto Médico, um dos motivos da paralisação dos médicos.
A fonte da
Associação Médica de Moçambique adiantou que os profissionais de saúde
submeteram hoje uma carta ao primeiro-ministro, Alberto Vaquina, propondo a
recomposição da delegação governamental às negociações.
Os médicos
moçambicanos rejeitam o aumento salarial de 15 por cento recentemente aprovado
pelo Governo e exigem um incremento de 100 por cento nos ordenados e de 35 por
cento de subsídio de risco.
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