segunda-feira, 3 de junho de 2013

GREVE DOS MÉDICOS MOÇAMBICANOS ENTROU HOJE NA TERCEIRA SEMANA



PMA – MLL - Lusa

Maputo, 03 jun (Lusa) - Os médicos e profissionais de saúde moçambicanos entraram hoje na terceira semana de greve pela melhoria das condições salariais e de trabalho e exigem que a equipa negocial do Governo integre representantes dos ministérios das Finanças e da Função Pública.

Em declarações à Lusa, fonte da Associação Médica de Moçambique, entidade promotora da greve, disse que a ação irá continuar até que as reivindicações dos profissionais de saúde sejam atendidas.

"Esta luta é para continuar, até que sejam resolvidas as questões que nos levaram à greve. A mobilização dos profissionais de saúde está a aumentar, com a adesão dos profissionais dos distritos que souberam tarde da greve", afirmou a fonte.

A Associação Médica de Moçambique exige agora a recomposição da equipa do Governo envolvida nas negociações, com a integração de representantes dos ministérios das Finanças e da Função Pública.

"A equipa que se tem encontrado connosco até agora não tem autoridade nem competência para decidir. Queremos que do lado do Governo façam parte pessoas com poder de decisão", afirmou a mesma fonte.

Para a Associação Médica de Moçambique, apenas o Ministério das Finanças pode explicar fundadamente o argumento da falta de cabimento orçamental que o executivo tem usado para recusar o aumento salarial exigido pelos profissionais de saúde.

Por seu lado, o Ministério da Função Pública deverá indicar as razões da não aprovação do Estatuto Médico, um dos motivos da paralisação dos médicos.

A fonte da Associação Médica de Moçambique adiantou que os profissionais de saúde submeteram hoje uma carta ao primeiro-ministro, Alberto Vaquina, propondo a recomposição da delegação governamental às negociações.

Os médicos moçambicanos rejeitam o aumento salarial de 15 por cento recentemente aprovado pelo Governo e exigem um incremento de 100 por cento nos ordenados e de 35 por cento de subsídio de risco.

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