segunda-feira, 3 de junho de 2013

Presidente moçambicano rejeita acusações de expropriação de terra pelo ProSavana



PMA – APN - Lusa

Maputo, 03 jun (Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, rejeitou no domingo acusações de expropriação de terra dos camponeses no Corredor de Nacala, no centro e norte do país, pelo projeto agrícola ProSavana, implementado por Moçambique, Brasil e Japão.

Aproveitando a presença do chefe de Estado moçambicano no Japão, organizações da sociedade civil escreveram uma carta aberta dirigida a Armando Guebuza, à Presidente brasileira, Dilma Roussef, e ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pedindo para travarem o ProSavana, supostamente porque a iniciativa vai resultar na expropriação de terra das populações.

Na carta aberta, as organizações referem que a iniciativa "já está a ser implementada através da componente Quick Impact Projects sem nunca ter sido realizado, discutido publicamente e aprovado o Estudo de Avaliação do Impacto Ambiental".

Confrontado com as acusações, Armando Guebuza negou que o empreendimento possa resultar na expropriação de terra dos camponeses, defendendo que o mesmo visa tornar a terra mais produtiva para os próprios camponeses.

"Não queremos levar a terra dos camponeses. Pelo contrário, o objetivo é disponibilizar terra titulada aos agricultores, para tornar a terra mais produtiva em benefício dos camponeses", afirmou Armando Guebuza, falando na cidade japonesa de Yokohama, durante um seminário sobre "Corredores de Desenvolvimento".

Para Armando Guebuza, a iniciativa vai elevar os padrões de vida das populações residentes nas áreas de implementação do mesmo.

O ProSavana pretende ser uma réplica do desenvolvimento da agricultura no cerrado brasileiro, apostando em culturas das zonas de savana, numa extensão de 14,5 milhões de hectares em 19 distritos das províncias de Niassa, Nampula e Zambézia.

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