PMA – APN - Lusa
Maputo, 03 jun
(Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, rejeitou no domingo
acusações de expropriação de terra dos camponeses no Corredor de Nacala, no
centro e norte do país, pelo projeto agrícola ProSavana, implementado por
Moçambique, Brasil e Japão.
Aproveitando a
presença do chefe de Estado moçambicano no Japão, organizações da sociedade
civil escreveram uma carta aberta dirigida a Armando Guebuza, à Presidente
brasileira, Dilma Roussef, e ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pedindo
para travarem o ProSavana, supostamente porque a iniciativa vai resultar na
expropriação de terra das populações.
Na carta aberta, as
organizações referem que a iniciativa "já está a ser implementada através
da componente Quick Impact Projects sem nunca ter sido realizado, discutido
publicamente e aprovado o Estudo de Avaliação do Impacto Ambiental".
Confrontado com as
acusações, Armando Guebuza negou que o empreendimento possa resultar na
expropriação de terra dos camponeses, defendendo que o mesmo visa tornar a
terra mais produtiva para os próprios camponeses.
"Não queremos
levar a terra dos camponeses. Pelo contrário, o objetivo é disponibilizar terra
titulada aos agricultores, para tornar a terra mais produtiva em benefício dos
camponeses", afirmou Armando Guebuza, falando na cidade japonesa de
Yokohama, durante um seminário sobre "Corredores de Desenvolvimento".
Para Armando
Guebuza, a iniciativa vai elevar os padrões de vida das populações residentes
nas áreas de implementação do mesmo.
O ProSavana pretende
ser uma réplica do desenvolvimento da agricultura no cerrado brasileiro,
apostando em culturas das zonas de savana, numa extensão de 14,5 milhões de
hectares em 19 distritos das províncias de Niassa, Nampula e Zambézia.
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