General tem longa
história de problemas com a lei e tem laços familiares com José Eduardo dos
Santos.
O general Bento
Kangamba, cujo nome aparece ligado a indivíduos a quem foram apreendidos
milhões de Euros pelas autoridades francesas é da família presidencial por via
do seu casamento com Avelina Escórcio dos Santos, filha de Avelino dos Santos,
o irmão mais velho de José Eduardo dos Santos.
Kangamba Tem uma história pessoal marcada por confrontos com a lei quer em
Portugal quer na própria Angola.
Segundo a publicação Maka Angola em Outubro passado, José Eduardo dos Santos
nomeou a sua sobrinha, Avelina dos Santos, mulher de Bento Kangamba para
o cargo de directora-adjunta do gabinete do Presidente da República.
A 7 de Maio de 2012 , um tribunal de Sintra, Portugal, ordenou a penhora de
bens detidos por Bento Kangamba, nesse país europeu, para a execução de uma
dívida de mais de um milhão de euros ao cidadão português Manuel Lapas. Entre
os bens penhorados constavam um apartamento de Bento Kangamba na freguesia de
Oeiras, duas viaturas de luxo Mercedes-Benz e seis contas bancários no
Millenium e Banco Espírito Santo, com um valor irrisório e total de €15.035.
No entanto, recentemente, o general adquiriu um apartamento de Luxo para
o seu sogro, na zona da Expo, em Lisboa e adquiriu, há dias, uma vivenda de
luxo no principado de Mónaco, avaliada em vários milhões de euros. Era para o
Mónaco precisamente onde ia o dinheiro confiscado pelas autoridades francesas.
Em Abril de 2012, o presidente José Eduardo dos Santos, na qualidade de
comandante-em-chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), promoveu Bento Kangamba
ao grau militar de general de três estrelas.
Isto apesar de que a 27 de Outubro de 2000, o Tribunal Supremo Militar havia
condenado o então brigadeiro na reserva, a uma pena única de dois anos e oito
meses de prisão maior, por cúmulo jurídico, como autor de crime de conduta
indecorosa, burla por defraudação e dois crimes de falsificação de documentos.
O empresário foi ainda condenado a pagar uma indemnização no valor de US
$427,531 à empresa portuguesa Filapor – Comércio Internacional Lda, com sede em
Portugal, que foi vítima de burla.
A 19 de Junho de 2002, Bengo Kangamba foi de novo condenado pela justiça
angolana, quando o Tribunal Supremo condenou Bento Kangamba a uma pena de
quatro anos de prisão maior, por crime de burla por defraudação, bem como ao
pagamento de uma indemnização de US $75 mil às empresas Nutritiva e Lokali.
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