Verdade (mz) - AIM
Um novo esquema
sobre a forma como o Ministério mocambicano de Educação (MINED) terá sido
delapidado, pelo menos no ano passado, acaba de chegar ao Gabinete Central de
Combate à Corrupção (GCCC), o que atrasou o envio do processo ao tribunal.
Um relatório de
sindicância da Inspecção das Finanças entregue ao Gabinete aponta que parte dos
montantes ilicitamente sacados do ministério em 2012 saiu alegadamente para o
pagamento de professores estrangeiros.
O porta-voz do
MINED, Eurico Banze, segundo a Rádio Mocambique, escusou-se, esta
Segunda-feira, a indicar as áreas de ensino nas quais estão afectos os docentes
estrangeiros usados para a delapidação da instituição.
Bernardo Duce,
porta-voz do GCCC, revelou que o documento remetido aponta que os valores
retirados para aquele fim, pelo menos no ano passado, estão muito acima das
reais necessidades.
A ideia daquela
repartição da Procuradoria-Geral da República, segundo Duce, era ter enviado o
processo ao tribunal durante o mês de Junho, mas que o relatório das Finanças,
uma autoridade na matéria, possui informações que não devem, de forma alguma,
ser ignoradas.
Nesse sentido, o
Gabinete está a cruzar os dados que produziu com os do relatório da Inspecção
das Finanças, na perspectiva de que, uma vez o processo enviado ao tribunal,
não haja necessidade de se solicitar uma nova investigação para esclarecer
eventuais dúvidas.
A fonte, que
segunda-feira falava em Maputo no “briefing” mensal da instituição com a
Imprensa, não revelou os montantes ilicitamente desviados por um grupo de
indivíduos sob a capa de estar-se a pagar salários de professores estrangeiros
ao serviço de Educação no país.
O desfalque
registado no MINED foi descoberto em Novembro do ano passado e até ao momento
não se sabe efectivamente quando é que começou, muito menos os valores
fraudulentamente retirados.
Informações já
avançadas pelo GCCC indicam que o grupo de envolvidos inclui, para além de
funcionários públicos, pessoas que nada têm a ver com o Aparelho do Estado.
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