Não são só os juízes
do Constitucional que parasitam, muitos mais interesses corporativos se incluem
neste mau fadário que suga os portugueses. Os políticos na generalidade são,
talvez, os principais. Os deputados estão repletos de beneficios que não se
justificam – provavelmente Edite Estrela é uma delas, quanto a ter sido deputada
nacional que por isso agora talvez receba uma reforma e mordomias das “douradas”. Se ela não é
dessas beneficiárias muito bem, mas não faltam os que são. Portugal também está
na miséria por ter de sustentar tanto viciado em ganância que vive no fausto à
custa do parasitarismo de colarinho branco. Acabe-se com a mama a todos eles e elas. (Redação PG)
Edite Estrela
"Juízes do Constitucional já não deviam ter privilégios"
A eurodeputada
socialista Edite Estrela defendeu hoje que o primeiro-ministro, em vez de
"entrar em confronto verbal" e de atacar o Tribunal Constitucional
(TC), já devia ter acabado "com os privilégios injustificados" dos
juízes do Palácio Ratton.
Num discurso na
sessão de abertura da Universidade de Verão do PS, em Évora, Edite Estrela
afirmou que "o primeiro-ministro procura bodes expiatórios para imolar
perante a opinião pública" o TC, tendo recordado o discurso de Pedro
Passos Coelho na Festa do Pontal, no Algarve.
O "ataque ao
TC", realçou a eurodeputada do PS, visa "condicionar a decisão dos
juízes sobre as candidaturas autárquicas e, sobretudo, sobre os despedimentos e
o aumento dos horários na Função Pública e sobre a convergência do regime de pensões
entre o público e o privado".
Nesse sentido,
considerou que, "em vez deste confronto verbal", Pedro Passos Coelho
"devia ter tido a coragem, há muito, de acabar com os privilégios
injustificados que subsistem na sociedade, designadamente, com a singularidade
de os juízes do palácio Ratton se poderem reformar com apenas dez anos de
serviço".
Edite Estrela
acusou o Governo de ser "forte com os pobres e fraco com os
poderosos", alegando que o executivo PSD/CDS-PP "mantém estes
privilégios e corta nas baixas pensões dos que já não recebem o suficiente para
comer e para os remédios".
Na festa do Pontal,
a 16 de agosto, Pedro Passos Coelho reconheceu a existência do risco do chumbo
de algumas medidas pelo TC e considerou que, a acontecer, tal poderá pôr em
causa alguns resultados e fazer "andar para trás".
O ditado popular
"só se lembra de Santa Bárbara quando trovoa" foi utilizado pela
eurodeputada para acusar o primeiro-ministro e o Governo PSD/CDS-PP de só se
lembrarem de dialogar com o PS "quando estão aflitos".
"A relação do
Governo, mais precisamente do primeiro-ministro, com o maior partido da
oposição é, no mínimo, estranha. Faz lembrar o aforismo popular 'só se lembra
de Santa Bárbara quando trovoa'", afirmou.
Edite Estrela
criticou o primeiro-ministro e o Governo por entender que "só se lembram
do PS quando estão aflitos, seja por pressão externa, seja porque precisam de
um apoio alargado para as decisões difíceis".
"De resto,
ignoram olímpica e arrogantemente as propostas do PS. Primeiro, fazem os
disparates e só depois, em desespero, procuram envolver o PS para salvarem a
face. E chegam ao desplante de culpar o PS pela falta de diálogo e de
consensos", referiu Edite Estrela.
Frisando que só se
lembram dos socialistas quando "oportunistamente querem arranjar corresponsáveis
para as medidas impopulares", a eurodeputada assinalou que "o PS
responde pelo que fez e pelo que propõe, mas não permite ser associado à
governação desastrosa da coligação PSD/CDS-PP".
"E convém
recordar que este Governo se mantém em funções por obra e graça das decisões
irrevogáveis do Dr. Paulo Portas", disse, considerando que [o ex-ministro
dos Negócios Estrangeiros, atual vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP]
"Paulo Portas é o político mais poderoso do país", porque "só
ele, e mais ninguém, pode derrubar o Governo".
"Nem o
Presidente da República, nem a Assembleia da República, nem os partidos da
oposição têm esse poder. Agora, confortavelmente sentado no cadeirão de
vice-primeiro-ministro, Paulo Portas não tem a menor vontade de largar o poder",
acrescentou.
Lusa
*Título e opinião
PG
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