30 Ago (Reuters) - A
presidente Dilma Rousseff repudiou a fuga do senador boliviano Roger Pinto para
o Brasil em reunião com o presidente da Bolívia, Evo Morales, no Suriname,
disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo Machado.
Pinto saiu da
embaixada brasileira no dia 26, numa fuga organizada pelo então encarregado de
negócios da embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Saboia, que não tinha
autorização dos seus superiores. A ação do diplomata brasileiro foi condenada
pela presidente e resultou na queda do ex-ministro das Relações Exteriores
Antonio Patriota.
"A presidenta
Dilma demonstrou ao presidente Evo seu repúdio ao episódio de retirada do
senador Pinto da Bolívia", disse Figueiredo a jornalistas em Paramaribo,
no Suriname, durante a reunião de cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul),
segundo o Blog do Planalto.
O parlamentar
boliviano ingressou nesta semana com pedido de refúgio junto ao Conselho
Nacional para os Refugiados (Conare) para continuar no país.
"O pedido de
refúgio do senador Pinto será analisado pelo Conare", acrescentou
Figueiredo.
Nesta semana
também, Morales anunciou que a Bolívia pedirá que o senador seja extraditado.
Mas, segundo Figueiredo, esse pedido ainda não foi oficializado e que se
ocorrer será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O novo chanceler
brasileiro afirmou ainda que o episódio não irá alterar as relações entre
Brasil e Bolívia.
Pinto estava na
embaixada brasileira há cerca de 15 meses na condição de asilado e até então os
dois países não tinham chegado a um acordo sobre um pedido de salvo-conduto do
parlamentar ao governo boliviano para que ele pudesse deixar o país.
Reuters (Reportagem
de Jeferson Ribeiro, em Brasília)
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