Almiro Mazive, AIM
Matola (Moçambique), 23 Ago (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza repudiou hoje a forma como a liderança da Renamo, maior partido da oposição, quer que o executivo satisfaça as suas pretensões, frisando que “eles exigem do Governo a aceitação de tudo o que querem”.
Segundo o estadista moçambicano, que falava num comício no município da Matola, província meridional de Maputo, que marcou reatamento da Presidência Aberta e Inclusiva, depois de Zambézia e Tete, as exigências da Renamo no diálogo “equivalem a se assinar um cheque em branco e entrega-los”.
“Estamos preocupados em chegar a uma solução dos problemas provocados pela Renamo. Mas não é assinar algo como se de cheque em branco se tratasse”, disse Guebuza, no bairro de Tsalala, na Matola, sua primeira escala da visita de trabalho que prolongar-se-á até a próxima Segunda-feira.
O presidente indicou que é praticamente impossível o Governo assinar um acordo político que não tenha nenhum conteúdo, porquanto seria um acordo que nada diz sobre o que a Renamo pretende.
O estadista moçambicano deixou claro que com o “cheque em branco” a Renamo pretende claramente ser ela a decidir sobre tudo.
A Renamo, segundo o presidente, já disse publicamente que quer dividir o pais e, ainda mais, veio confirmar publicamente que foi a mentora dos acontecimentos de Muxungue em que foram assassinados civis e destruídos seus bens. “É isso que nós temos de aceitar?”, Questionou Guebuza.
Segundo Guebuza, a independência nacional, a paz e a unidade são pertença colectiva que de nenhuma forma devem ser condicionadas por uma ou um pequeno grupo de pessoas.
“Se voltarmos para os anos sessenta, podemos compreender melhor a importância destas conquistas que hoje são postas em causa. Porquê colocar a paz na dependência dessas pessoas?”, interrogou o Chefe de Estado.
Respondendo as queixas da população de Tsalala devido ao recrudescimento de crimes bárbaros, Guebuza concordou com a preocupação porque qualquer acto criminal põe em causa a paz.
Na ocasião, o presidente também repudiou a forma como as pessoas tem-se deixado enganar pelos boateiros, referindo que “o boateiro pode pegar numa formiga e transforma-la em elefante e as pessoas temerem a formiga por pensarem que ela já é um elefante”.
Guebuza referia-se a forma como se propagou a informação dando conta da existência de um suposto “grupo 20” que a calada da noite se introduz em residências para apoderar-se de bens alheios, usando a táctica de “engomar” as vítimas.
O presidente saudou as populações por arregaçarem as mangas e lutarem contra a criminalidade, mas aconselhou que a reacção tem de ser em estreita coordenação com a polícia. “Temos de ser organizados para não deixarmos entrar o inimigo que usa o boato para nos fragilizar”.
Durante o comício de Tsalala, as populações pediram que o presidente se sentasse a mesma mesa com o líder da Renamo para se por termo a mortes prematuras de pessoas que nada tem a ver com a instabilidade que se tem vivido no país.
Angelina José foi quem assim se posicionou, ao afirmar ter perdido um filho seu, ao serviço do exército, durante o ataque ao paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), em Savane, distrito de Dondo, província central de Sofala.
“Nós os pobres estamos a acabar senhor presidente. Quem é que vai me compensar pelo assassinato do meu filho que o fiz crescer com muito sacrifício?”, questionou Angelina, que também se queixou do facto de as autoridades do exército terem comunicado o sucedido cerca de uma semana mais tarde.
Ainda mais, ela se queixou de ter sido vítima de descontos salariais na empresa onde trabalha, por ter sido obrigada a se ausentar do serviço por mais de cinco dias, exactamente porque o exército demorou transladar a urna do filho para Maputo.
A medida tomada pelo patronato constitui uma clara violação a Lei do Trabalho concede cinco dias de ausência aos trabalhadores que perdem familiares directos como filhos.
Na pauta de problemas levantados, outros populares queixaram-se de estarem a ser vítimas da usurpação de terrenos por gente poderosa que dia pós dia expande condomínios em bairros como Malhanpswene.
Ainda hoje, Guebuza visitou o projecto das cinco mil casas em construção na zona de Intaka e orientou uma sessão extraordinária do governo provincial de Maputo, devendo escalar, no sábado, o distrito fronteiriço da Namaacha.
Matola (Moçambique), 23 Ago (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza repudiou hoje a forma como a liderança da Renamo, maior partido da oposição, quer que o executivo satisfaça as suas pretensões, frisando que “eles exigem do Governo a aceitação de tudo o que querem”.
Segundo o estadista moçambicano, que falava num comício no município da Matola, província meridional de Maputo, que marcou reatamento da Presidência Aberta e Inclusiva, depois de Zambézia e Tete, as exigências da Renamo no diálogo “equivalem a se assinar um cheque em branco e entrega-los”.
“Estamos preocupados em chegar a uma solução dos problemas provocados pela Renamo. Mas não é assinar algo como se de cheque em branco se tratasse”, disse Guebuza, no bairro de Tsalala, na Matola, sua primeira escala da visita de trabalho que prolongar-se-á até a próxima Segunda-feira.
O presidente indicou que é praticamente impossível o Governo assinar um acordo político que não tenha nenhum conteúdo, porquanto seria um acordo que nada diz sobre o que a Renamo pretende.
O estadista moçambicano deixou claro que com o “cheque em branco” a Renamo pretende claramente ser ela a decidir sobre tudo.
A Renamo, segundo o presidente, já disse publicamente que quer dividir o pais e, ainda mais, veio confirmar publicamente que foi a mentora dos acontecimentos de Muxungue em que foram assassinados civis e destruídos seus bens. “É isso que nós temos de aceitar?”, Questionou Guebuza.
Segundo Guebuza, a independência nacional, a paz e a unidade são pertença colectiva que de nenhuma forma devem ser condicionadas por uma ou um pequeno grupo de pessoas.
“Se voltarmos para os anos sessenta, podemos compreender melhor a importância destas conquistas que hoje são postas em causa. Porquê colocar a paz na dependência dessas pessoas?”, interrogou o Chefe de Estado.
Respondendo as queixas da população de Tsalala devido ao recrudescimento de crimes bárbaros, Guebuza concordou com a preocupação porque qualquer acto criminal põe em causa a paz.
Na ocasião, o presidente também repudiou a forma como as pessoas tem-se deixado enganar pelos boateiros, referindo que “o boateiro pode pegar numa formiga e transforma-la em elefante e as pessoas temerem a formiga por pensarem que ela já é um elefante”.
Guebuza referia-se a forma como se propagou a informação dando conta da existência de um suposto “grupo 20” que a calada da noite se introduz em residências para apoderar-se de bens alheios, usando a táctica de “engomar” as vítimas.
O presidente saudou as populações por arregaçarem as mangas e lutarem contra a criminalidade, mas aconselhou que a reacção tem de ser em estreita coordenação com a polícia. “Temos de ser organizados para não deixarmos entrar o inimigo que usa o boato para nos fragilizar”.
Durante o comício de Tsalala, as populações pediram que o presidente se sentasse a mesma mesa com o líder da Renamo para se por termo a mortes prematuras de pessoas que nada tem a ver com a instabilidade que se tem vivido no país.
Angelina José foi quem assim se posicionou, ao afirmar ter perdido um filho seu, ao serviço do exército, durante o ataque ao paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), em Savane, distrito de Dondo, província central de Sofala.
“Nós os pobres estamos a acabar senhor presidente. Quem é que vai me compensar pelo assassinato do meu filho que o fiz crescer com muito sacrifício?”, questionou Angelina, que também se queixou do facto de as autoridades do exército terem comunicado o sucedido cerca de uma semana mais tarde.
Ainda mais, ela se queixou de ter sido vítima de descontos salariais na empresa onde trabalha, por ter sido obrigada a se ausentar do serviço por mais de cinco dias, exactamente porque o exército demorou transladar a urna do filho para Maputo.
A medida tomada pelo patronato constitui uma clara violação a Lei do Trabalho concede cinco dias de ausência aos trabalhadores que perdem familiares directos como filhos.
Na pauta de problemas levantados, outros populares queixaram-se de estarem a ser vítimas da usurpação de terrenos por gente poderosa que dia pós dia expande condomínios em bairros como Malhanpswene.
Ainda hoje, Guebuza visitou o projecto das cinco mil casas em construção na zona de Intaka e orientou uma sessão extraordinária do governo provincial de Maputo, devendo escalar, no sábado, o distrito fronteiriço da Namaacha.
(AIM) Mz/le
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