Nicolau Santos –
Expresso, opinião
Revejo o excelente
documentário que Pedro Coelho realizou para a SIC sobre o BPN, com o título
"Anatomia de um golpe".
No final de um dos episódios, depois de ouvidos três especialistas em off-shores, que garantem que mesmo quando o dinheiro se escapa por estes paraísos financeiros fica sempre um rasto, é colocada a pergunta decisiva: qual a razão misteriosa pela qual as autoridades não vão atrás deste dinheiro, preferindo antes esperar pelo final de um morosíssimo processo judicial aparentemente infindável?
Mais uma vez se constata que Oliveira e Costa convidava amigos a quem vendia acções a um preço X e se comprometia a recompra-las passado dois ou três anos pelo dobro ou triplo do valor. E mais uma vez se constata que de políticos a empresários, a esmagadora maioria dos convidados para a festa era tudo gente ligada ao PSD. Dias Loureiro, Joaquim Coimbra, Alberto Figueiredo, Francisco Sanches estiveram mesmo ligado à administração. Cavaco Silva e Rui Machete foram duas personalidades que tiveram lucros significativos com o investimento que foram convidados a fazer.
Sabe-se já que houve muita gente que recebeu financiamentos que nunca pagou e quem tenha feito excelentes mais-valias com a compra e venda de acções: 150% ou mais do que tinha investido. É bom que essas pessoas percebam que os financiamentos que não liquidaram e as mais-valias que embolsaram estão agora a ser pagas pelos contribuintes. Mais de quatro mil milhões de euros. Um escândalo sem precedentes. Como lembrava recentemente Silva Lopes, o BPN está a custar muito mais ao país que Alves de Reis e Jorge de Brito juntos.
É por isso inadmissível este "laissez faire" por parte das autoridades judiciais, que cinco anos depois de iniciado o processo, mantém apenas Oliveira e Costa em prisão domiciliária e não conseguem identificar os que beneficiaram de empréstimos fraudulentos e conduziram à implosão do banco.
No final de um dos episódios, depois de ouvidos três especialistas em off-shores, que garantem que mesmo quando o dinheiro se escapa por estes paraísos financeiros fica sempre um rasto, é colocada a pergunta decisiva: qual a razão misteriosa pela qual as autoridades não vão atrás deste dinheiro, preferindo antes esperar pelo final de um morosíssimo processo judicial aparentemente infindável?
Mais uma vez se constata que Oliveira e Costa convidava amigos a quem vendia acções a um preço X e se comprometia a recompra-las passado dois ou três anos pelo dobro ou triplo do valor. E mais uma vez se constata que de políticos a empresários, a esmagadora maioria dos convidados para a festa era tudo gente ligada ao PSD. Dias Loureiro, Joaquim Coimbra, Alberto Figueiredo, Francisco Sanches estiveram mesmo ligado à administração. Cavaco Silva e Rui Machete foram duas personalidades que tiveram lucros significativos com o investimento que foram convidados a fazer.
Sabe-se já que houve muita gente que recebeu financiamentos que nunca pagou e quem tenha feito excelentes mais-valias com a compra e venda de acções: 150% ou mais do que tinha investido. É bom que essas pessoas percebam que os financiamentos que não liquidaram e as mais-valias que embolsaram estão agora a ser pagas pelos contribuintes. Mais de quatro mil milhões de euros. Um escândalo sem precedentes. Como lembrava recentemente Silva Lopes, o BPN está a custar muito mais ao país que Alves de Reis e Jorge de Brito juntos.
É por isso inadmissível este "laissez faire" por parte das autoridades judiciais, que cinco anos depois de iniciado o processo, mantém apenas Oliveira e Costa em prisão domiciliária e não conseguem identificar os que beneficiaram de empréstimos fraudulentos e conduziram à implosão do banco.
Um banco que tinha na administração uma pessoa com o apelido de Fantasia e outra com o apelido de Caprichoso só podia acabar mal. É lamentável que o Banco de Portugal não tenha conseguido evitar a falcatrua. Mas é inadmissível que as autoridades judiciais não tenham conseguido até agora meter mais uns quantos senhores na prisão e recuperar grande parte dos 4000 milhões que os contribuintes estão a pagar para evitar a falência de um banco que não tinha qualquer salvação e que é sobretudo um caso de polícia.
Sem comentários:
Enviar um comentário