Vera Lúcia
Arreigoso - Expresso
Terapêutica para o
cancro recusada no Serviço Nacional de Saúde é dada pela ADSE em hospitais
particulares
O Estado dá aos
funcionários públicos doentes com cancro medicamentos que recusa aos restantes
portugueses. Nos hospitais públicos, os médicos só podem prescrever
terapêuticas aprovadas após um demorado processo, enquanto nos hospitais
privados paga, na íntegra, aos beneficiários da ADSE os remédios logo que
entram no mercado nacional.
O Ministério das
Finanças, responsável por este sistema de proteção social dos funcionários
públicos do sector administrativo até 2014, confirma a discrepância de
critérios. E revela até que as comparticipações a 100% para os antineoplásicos,
incluindo os inovadores, são extensíveis a outros medicamentos.
O Ministério da
Saúde não revela quantos fármacos para o cancro esperam por entrar no Serviço
Nacional de Saúde para não prejudicar o processo negocial, mas há já casos
conhecidos. Por exemplo, a abiraterona, para o cancro da próstata metastizado,
recusada a doentes em vários hospitais públicos, incluindo nos três centros do
Instituto Português de Oncologia, e que ainda está em avaliação pelo Infarmed
para comparticipação, é dada aos beneficiários da ADSE nos hospitais privados
desde que começou a ser comercializada em Portugal, em outubro de 2011.
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do Expresso deste sábado
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