A classe dos
professores foi a que registou maior aumento percentual de inscritos nos
centros de emprego, onde as inscrições, em julho, aumentaram 44% em relação a
igual período de 2012.
No mês passado,
14.714 professores do ensino secundário, superior ou que desempenhavam funções
similares inscreveram-se num centro de emprego do país, segundo o Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP), que indica ainda que apenas dez
conseguiram encontrar trabalho.
Em termos
percentuais, os docentes foram os que mais sofreram com o desemprego, tendo
registado um aumento de 44% em relação a igual período do ano passado, altura
em que se inscreveram 10.221, revela o relatório mensal do IEFP.
No entanto, esta
classe não é exceção, já que o desemprego cresceu entre quase todos os grupos
profissionais: No total, em julho inscreveram-se 62.949 desempregados (quase
mais 33 mil pessoas que em igual período do ano passado).
Depois dos
docentes, surge o pessoal dos “quadros superiores da administração pública”,
que registou um aumento de 39,6%.
Em julho havia
cinco grupos profissionais que representavam mais de metade (52%) dos
desempregados inscritos no continente: “Pessoal dos serviços, de proteção e
segurança” (84.261); “Trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio”
(73.625); “Empregados de escritório” (64.786); “Operários e trabalhadores
similares da indústria extrativa e construção civil” (60.481) e “Trabalhadores
não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora”
(54.056).
Em relação às
ofertas de emprego, o IEFP informa que não foram ocupadas 18.452 vagas, o que
representa um aumento de 61,6% em relação a 2012.
A “administração
pública, educação, atividades de saúde e apoio social” estava entre as
atividades económicas com mais ofertas disponibilizadas no continente. No
total, havia 1.062 vagas (em julho do ano passado eram 948).
No entanto, o
número de docentes colocados é muito residual: apenas dez professores conseguiram
arranjar emprego. Já comparando com igual período de 2012 nota-se um ligeiro
aumento (no ano passado foram apenas três).
As “atividades
imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”, “comércio por grosso e
a retalho”, “alojamento, restauração e similares” e a “construção” são as
outras quatro atividades económicas com mais ofertas.
O número de
docentes inscritos nos centros de emprego tem vindo a aumentar. No ano passado,
por exemplo, o número de inscritos mais do que duplicou em relação a igual
período de 2011, sendo o grupo profissional com um aumento mais significativo.
Lusa
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