quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Portugal: CAVACO SILVA SABERÁ LER?

 

Balneário Público
 
Diz o jornal i, para quem quiser saber sobre a carta que o Nélson vai entregar ao PR Cavaco Silva, que aquele português está “passado” porque lê a Constituição e afinal ela não se cumpre ou parece que só querem cumprir a parte do “dá cá” mas que a do “toma lá” é coisa atirada para o ralo de escoamento e lá se vai por água-abaixo. Sendo mais explicito com a ajuda do jornal i e o título “Desempregado escreve a Cavaco a avisar que não vai pagar impostos”, com o respetivo desenvolvimento:
 
“Nélson Arraiolos diz que só vai pagar impostos quando tiver rendimentos
 
Um cidadão, de 41 anos, que está desempregado há dois anos vai entregar, esta quinta-feira, ao Presidente da República, uma carta a avisar que não vai pagar impostos, invocando o direito à resistência, enquanto não tiver rendimentos, revela o “Público”.
 
Nélson Arraiolos invoca na carta vários artigos da Constituição da República, como o que consagra o direito ao trabalho.
 
O autor da missiva lembra também que o sistema de Segurança Social protege os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho”, cita o Público.
 
O desempregado justifica a legitimidade da sua recusa com o direito à resistência, que também está consagrado na Constituição. “Enquanto não tiver um trabalho digno, direito consagrado na Constituição que cabe ao Estado cumprir e fazer cumprir, não pago nenhum imposto ou taxa que me seja exigido. E não o faço por se tratar de uma opção, faço-o precisamente porque não tenho opção”, escreve Nélson Arraiolos.”
 
Resumindo: o senhor contribuinte Nélson fartou-se de ser tapete ou capacho de Arraiolos e vai daí escreve carta a Cavaco Silva, que, dizem, lhe vai entregar amanhã. Pessoalmente não será, pela certa. Cavaco está a trabalhar e a cumprir a sua máxima de há tantos anos “deixem-me trabalhar”, agora ainda mais desde que um outro português, em Elvas, pelo dia 10 de junho, o mandou trabalhar e até pagou com língua de palmo aquela “grande ofensa”. Afinal, vendo bem, Cavaco é empregado e pago por todos os portugueses… Desde quando é que um “patrão” não pode mandar trabalhar a quem paga?
 
Resumindo: Cavaco não sabe ler. Há os que acreditam nisso. Não sejamos tão radicais. Ele sabe ler mas em relação a Saramago padece de iletracia, em relação à Constituição da República Portuguesa parece que também. E ás cartas do Zé Povinho deve padecer do mesmo. O que ele sabe muito bem é fazer contas. Até é especializado nas contas de “coça para dentro”, dizem que ainda vai ganhar um Nobel nessa categoria.
 
Logo, por causa do dito e do por dizer, Cavaco nem vai ver a carta do Nélson. A tarefa será incumbida ao funcionário que lê as cartas do Zé Povinho, que é muito miope em determinadas circunstâncias e que logo na hora envia uma carta de resposta ao Nélson dizendo que tomou conhecimento da sua (do Nélson) carta e que o PR terá toda a disponibilidade e vontade para a fazer seguir para os organismos competentes, a PIDE… Perdão, o FISCO. Assim, o que Nélson vai fazer com tudo isto é dar poder de antecipação ao FISCO para lhe cair em cima e ter de pagar com serviço cívico o que anuncia não querer pagar, os impostos. O serviço cívico de punição será cumprido no Palácio de Belém a limpar as teias de aranha ao PR e aos seus colaboradores próximos e afastados. Nos minutos livres Nélson deverá ainda de recitar a tabuada ao PR Cavaco na hora em que ele se dispuser a dormir a sesta. Ora vêem o que dá escrever a Cavaco?
 
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