O advogado do
Procurador-geral da República de Angola disse esta quinta-feira à agência Lusa
que a forma como o Ministério Público português atuou no "processo
administrativo" relativo àquele foi "vergonhosa" e
"inábil".
Paulo Blanco, que
se encontra em Macau a participar no congresso da União Internacional de
Advogados, referia-se ao anúncio feito na quarta-feira, em Lisboa, pelo
Ministério Público português, do arquivamento do "processo
administrativo" aberto contra o PGR angolano, João Maria de Sousa.
"A justiça
portuguesa não consegue guardar segredo de justiça da investigação, mas guarda
segredo do arquivamento, quando, por culpa sua, o nome do investigado foi
enlameado na praça pública e o visado é o Procurador-geral da República de um
país amigo de Portugal, com a importância de Angola", disse Paulo Blanco à
Lusa, contactado a partir de Luanda. O advogado português acrescentou que um
"imediato esclarecimento público poderia ter ajudado a reparar o mal-estar
criado pela violação do segredo de justiça".
"É manifesta a
inabilidade da Procuradoria Geral da República portuguesa para lidar com este
tema, o que é péssimo para o país. Uma vergonha", acentuou.
Lusa
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