Confrontos entre
militares e supostos elementos armados da Renamo em Mutivaze e Navevene, na
província de Nampula, norte de Moçambique, provocaram a fuga de populações para
as matas para se protegerem.
Esta manhã, em
Mutivaze, os poucos populares ali presentes disseram à Lusa que voltaram para
as suas casas para arranjar comida e água e procurar crianças desaparecidas.
"Eu vim aqui
para ver se encontro um dos meus filhos que desapareceu quando fugíamos aos
disparos", disse à Lusa Amisse Taíde, residente em Mutivaze.
Ali, um camião
vindo do distrito de Ribáuè foi assaltado e, depois de saqueados os produtos
que transportava, foi incendiado por pessoas até agora não identificadas,
estando o ato a ser imputado pelas autoridades a supostos elementos armados da
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Em consequência do
assalto ao camião e de outros ataques, foram mortos dois civis e há um número
ainda não determinado de feridos, segundo os habitantes da região.
A população afirma
que as pessoas que dispararam na região na quarta-feira falavam uma língua
estranha.
"Nós ouvimos
as pessoas a falarem, mas não entendemos o que estavam a dizer porque falam uma
língua estranha", disse Joana Afonso.
Todavia, a população
abandonou as suas residências e muitas pessoas são dadas como desaparecidas.
Elementos da Força
de Intervenção Rápida e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique já se
mobilizaram para o local e a situação mantinha-se ainda calma.
Funcionários públicos
afetos a serviços, como saúde e educação, também abandonaram os seus postos e
muitos deles encontram-se refugiados na cidade de Nampula.
Lusa
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