A secretaria de
Estado portuguesa das Comunidades divulgou um alerta desaconselhando
deslocações interurbanas nas províncias moçambicanas de Sofala e Nampula e
recomendando cautela nos percursos em Maputo, local onde se têm registado mais
raptos.
Face aos últimos
incidentes e à tensão vivida em Moçambique, onde vivem cerca de 20 mil
portugueses, a secretaria de Estado das Comunidades apela, no seu site na
Internet, a que não se façam viagens internas nas províncias de Sofala e
Nampula.
Caso haja absoluta
necessidade de o fazer, o viajante deve “procurar integrar-se, sempre que
possível, nas colunas escoltadas pelas forças de defesa e segurança”.
“Aconselha-se,
igualmente, particular diligência no acompanhamento através dos meios de
comunicação social do evoluir da situação”, refere o alerta.
Em relação a
Maputo, onde se tem registado uma particular incidência de raptos, a secretaria
de Estado recomenda “a maior cautela nas deslocações” e evitar frequentar
locais isolados e repetir rotinas, incluindo fazer o mesmo percurso todos os
dias”.
Além disso, os
viajantes devem evitar exibir bens com valor monetário significativo e são
aconselhados a manter sempre a família ou pessoas de confiança informadas sobre
as deslocações.
Moçambique vive a
sua pior tensão política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz
em, 1992, devido a confrontos entre as forças de defesa e segurança e antigos
guerrilheiros da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido
da oposição, por causa de diferendos entre o movimento e o Governo sobre a lei
eleitoral.
ARP // PMC – Lusa -
foto ANTÓNIO SILVA/LUSA
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