O antigo Presidente
moçambicano Joaquim Chissano apelou à Renamo, principal partido da oposição,
para que "coloque a mão na consciência" e aceite o desarmamento da
sua antiga guerrilha, envolvida em confrontos com o exército no centro do país.
Moçambique vive sob
a ameaça de uma nova guerra, devido a confrontos entre homens armados da Renamo
(Resistência Nacional Moçambicana) e o exército, na sequência de
desentendimentos entre o movimento e governo em torno da lei eleitoral.
Em declarações aos
jornalistas moçambicanos, Joaquim Chissano apelou ao principal partido da
oposição para que "coloque a mão na consciência", exortando
igualmente o governo para que "esteja disponível para o diálogo".
"O apelo que
faço é para que a Renamo coloque a mão na consciência e olhe para as mortes que
se registam no país. Na minha opinião, a Renamo já devia estar desarmada, não
se sabe o que uma pessoa que anda com armamento pode fazer", disse
Chissano.
Por seu lado,
assinalou o ex-chefe de Estado moçambicano, o governo deve ser incansável na
aposta no diálogo para a preservação da paz.
"Apelamos, por
outro lado, ao governo, para que não se canse, e que esteja sempre disponível
ao diálogo", disse Joaquim Chissano.
O contingente
armado de antigos guerrilheiros que a Renamo ainda mantém activo mesmo com a
assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, deveria ter sido integrado na
polícia moçambicana, para garantir a segurança da liderança do principal
partido da oposição.
No entanto, essa
integração nunca foi feita e esses elementos do antigo movimento rebelde são
hoje acusados de estar por detrás de ataques a alvos militares e civis no
centro do país.
Lusa
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