quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Moçambique: Chissano apela à Renamo para "colocar a mão na consciência"

 


O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano apelou à Renamo, principal partido da oposição, para que "coloque a mão na consciência" e aceite o desarmamento da sua antiga guerrilha, envolvida em confrontos com o exército no centro do país.
 
Moçambique vive sob a ameaça de uma nova guerra, devido a confrontos entre homens armados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) e o exército, na sequência de desentendimentos entre o movimento e governo em torno da lei eleitoral.
 
Em declarações aos jornalistas moçambicanos, Joaquim Chissano apelou ao principal partido da oposição para que "coloque a mão na consciência", exortando igualmente o governo para que "esteja disponível para o diálogo".
 
"O apelo que faço é para que a Renamo coloque a mão na consciência e olhe para as mortes que se registam no país. Na minha opinião, a Renamo já devia estar desarmada, não se sabe o que uma pessoa que anda com armamento pode fazer", disse Chissano.
 
Por seu lado, assinalou o ex-chefe de Estado moçambicano, o governo deve ser incansável na aposta no diálogo para a preservação da paz.
 
"Apelamos, por outro lado, ao governo, para que não se canse, e que esteja sempre disponível ao diálogo", disse Joaquim Chissano.
 
O contingente armado de antigos guerrilheiros que a Renamo ainda mantém activo mesmo com a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, deveria ter sido integrado na polícia moçambicana, para garantir a segurança da liderança do principal partido da oposição.
 
No entanto, essa integração nunca foi feita e esses elementos do antigo movimento rebelde são hoje acusados de estar por detrás de ataques a alvos militares e civis no centro do país.
 
Lusa
 
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