A Renamo, principal
partido da oposição moçambicana, rejeitou esta terça-feira o convite da
Presidência moçambicana para um encontro entre o líder do movimento, Afonso
Dhlakama, e o chefe de Estado, Armando Guebuza, considerando não haver
condições para a reunião.
Em comunicado de
imprensa, Edson Macuácuá, porta-voz do Presidente moçambicano, afirmou esta
terça-feira que Armando Guebuza está disposto a encontrar-se com o líder da
Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) Afonso Dhlakama, para discutirem a
tensão política e militar no país, a pior desde a assinatura do Acordo Geral de
Paz (AGP), em 1992.
"O Presidente
Armando Guebuza, no âmbito dos esforços contínuos empreendidos pelo Governo
visando a preservação da paz, convidou o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, a
deslocar-se no próximo dia 08 de novembro a Maputo, para um encontro que
servirá para a auscultação das preocupações que apoquentam a Renamo",
refere o comunicado distribuído à imprensa por Edson Macuácua, porta-voz do
Presidente moçambicano.
Em conferência de
imprensa para reagir ao anúncio da Presidência moçambicana, o porta-voz da
Renamo, Fernando Mazanga, afirmou que não há condições para a reunião,
"enquanto não cessarem os ataques e perseguição que o exército está a
mover à figura do Presidente Dhlakama e dos seguranças da Renamo".
"Se, na
verdade, há interesse do Presidente da República para se encontrar com o
presidente Afonso Dhlakama, deve ordenar imediatamente a cessação dos ataques e
perseguição que o exército está a mover à figura do Presidente Dhlakama e dos
seguranças da Renamo", afirmou Fernando Mazanga.
Qualificando o
convite da Presidência moçambicana como "um doce envenenado e
cinismo", o porta-voz da Renamo reiterou que o partido não conhece o
paradeiro do seu líder, depois de ter sido desalojado pelo exército do
acampamento em que vivia há mais de ano, no centro do país.
"Ficamos
deveras surpreendidos com este convite que nos soa a cinismo, porque não
queremos acreditar que o Presidente da República não saiba em que condições se
encontra o Presidente Afonso Dhlakama, depois do ataque e ocupação da sua
residência em Sadjundjira", sublinhou Fernando Mazanga.
Lusa
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