sábado, 2 de novembro de 2013

Portugal: LADRÕES DA LUZ E DA VIDA, NO PORTO

 

Balneário Público
 
No Lagarteiro, Porto, a escuridão é companhia de novos, velhos, crianças, entrevados, acamados, paraplégicos. Todos carenciados económicamente. A luz foi-se. A energia elétrica para carregar as baterias da cadeira de rodas está proibida. Em Portugal a dignidade dos portugueses é bem proibido porque está refém do governo e do presidente da República nos seus conluios e silêncios. A dignidade dos portugueses carenciados, no Lagarteiro, pertence à EDP e às suas chinezisses. Mas não só no Bairro do Lagarteiro. Diz assim no Expresso: “EDP deixa bairros sociais do Porto às escuras”. E sucinta: “Depois do bairro do Lagarteiro, a empresa foi hoje para Contumil cortar a eletricidade, sempre sob forte escolta policial”. Escolta policial para os ladrões da luz que dizem pertencer-lhes. Escolta policial para os ministros, e PR, e para todos aqueles que têm a consciência pesada ou ao menos a noção de que são carrascos do povo português. Eles não ignoram que levavam umas cachaporradas valentes se andassem por aí sem… escolta. O povo é sereno, mas só até um dia. E esse dia está cada vez mais perto de chegar. Não será sempre assim por esta ordem mas quase: primeiro cortam os rendimentos, aumentam tudo, depois cortam a luz, a seguir a vida. Infelizmente há sempre quem se preste a ser guarda pretoriana dos sabujos dos governos e das grandes empresas. Protetores dos ladrões deste país, protegidos com os impostos e o fruto dos roubos que praticam. É a lei: “dura lex sed lex”. É dura mas é lei. Dizem. É sempre assim quando a lei os favorece porque a viram para si (eles). Já não serve se for contra os interesses deles, da corja. Olhem o que dizem e fazem contra a Lei Principal, a Constituição. São meros ladrões da nossa luz e da nossa vida. Até quando consentimos?
 
Ana Castelar
 
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