sábado, 2 de novembro de 2013

Três mortos e oito feridos em 24 horas por ataques no centro de Moçambique

 

Jornal de Notícias
 
Pelo menos três civis morreram e oito ficaram feridos em dois ataques a escoltas militares de viaturas nas últimas 24 horas na região de Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, disse, este sábado, fonte hospitalar.
 
Este sábado, homens armados, supostamente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, metralharam, no princípio da manhã, a escolta militar de viaturas, da qual resultou um morto e três feridos.
 
Na sexta-feira, homens armados atacaram a última escolta militar de viaturas, em que seguiam altas patentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e Força de Intervenção Rápida (FIR), tendo morrido duas pessoas, incluindo um motorista carbonizado, e ficado feridas cinco, enquanto uma viatura foi incendiada.
 
"Uma ajudante de um camião cujo motorista ficou carbonizado sofreu uma contusão e já teve alta. Mas o hospital continua em prontidão para prestar primeiros socorros às vítimas que derem entrada", disse à Lusa Pedro Vidamão, diretor do hospital rural de Muxúnguè.
 
A região de Muxúnguè tem sido palco de violentos confrontos entre o exército e homens armados.
 
Desde o ataque e ocupação da base da Renamo em Sadjundjira, a 21 de outubro, onde o líder, Afonso Dhlakama, vivia há um ano, e de onde fugiu para lugar incerto, a frequência da retaliação da Renamo tem crescido.
 
Após a força conjunta da FIR e exército governamental ocupar esta semana a sede da Renamo no distrito de Maringué (Sofala) e Rapale (Nampula), que agrupava os guerrilheiros do antigo movimento, registaram-se quatro ataques numa semana na região de Muxúnguè.
 
O grupo também repeliu a tentativa de ocupação da sua base em Sitatonga (Manica) e, na quinta-feira, avançou para recuperar a base de Sadjundjira, ferindo gravemente três militares do exército e roubando as suas armas e munições.
 
Moçambique vive o seu pior momento de tensão político-militar, após o Acordo Geral de Paz (AGP), assinado entre Governo e Renamo em 1992.
 
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