Balneário Público
Foi ontem o Dia da
Restauração, o 1º de Dezembro. Em 1640, naquele dia, o português traidor Miguel
de Vasconcelos, fiel mandatário e executor do Reino de Castela, ocupante do
território de Portugal, foi atirado por uma janela do edifício do Terreiro do
Paço, em Lisboa, arrastado por cavalos pelas ruas de Lisboa, desfeito em
pedaços e comido por câes vadios. Há 373 anos que assim aconteceu. O Reino de
Portugal foi restaurado e desde então sempre se comemorou o Dia da Restauração.
Foi instituído feriado nacional e outra cousa não seria de esperar e acontecer
porque os acontecimentos e a data deverá permanecer inesquecível em prol da
memória e da defesa da independência nacional. As gerações presentes e
vindouras jamais podem esvaziar a importância do feito de 1640 ou se assim não
ocorresse Portugal seria agora um anexo de Espanha e todo o esforço dos nossos
antepassados, que lutaram e morreram pela formação e independência de Portugal,
seria mandado às urtigas. Seria cousa sem importância. Seria a traição àqueles
e a nós próprios. Nos dias de hoje, na realidade, o 1º de Dezembro é cousa sem
importância. O feriado daquela data foi abolido e as comemorações, ao que
parece, foi atirado às tais urtigas pelo atual governo e pelo atual
horripilante presidente da República. O 1º de Dezembro, comemorado sempre na
presença do Presidente da República de Portugal, como na monarquia era
comemorado com a presença real, viu Cavaco Silva de costas viradas para a
efeméride (não conheço notícia da sua presença) o que por si só configura uma traição
aos nossos antepassados, pelo menos. Houve a comemoração em Lisboa, é certo,
mas, que saiba, a contar com a presença do Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, António Costa, segundo descreve publicação da CML, que diz:
“Assinalou-se no dia 1º de dezembro a passagem de mais um aniversário do Dia da
Restauração (1640), com uma cerimónia oficial organizada pela Sociedade
Histórica de Independência de Portugal e pela Câmara Municipal de Lisboa, numa
parceria que remonta a 1861. No seu discurso (leia
aqui na íntegra), o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António
Costa, verberou a decisão governamental de prescindir do feriado que assinalava
esta data (posição partilhada, aliás, por todos os oradores), anunciando a
intenção da autarquia de prosseguir com a celebração no próximo ano, “não só
com esta cerimónia mas transformando o centro de Lisboa numa grande sala de
aula coletiva, recriando os acontecimentos que conduziram à libertação de
Portugal nos diversos locais onde a História se fez, (…) permitindo fazer desta
data uma evocação ainda mais viva e participada”, mobilizando os alunos das
escolas.” E prossegue o referido texto de modo mais longo, que pode ver aqui. A fotografia foi retirada da referida publicação.
Ali não se vislumbra nenhum Miguel de Vasconcelos Cavaco Silva, nem outros que
tal do atual governo. Se no escrito não existir correspondência à verdade
corrigirei logo que seja desmentido-informado. É óbvio que sabemos que Cavaco
Silva, o horripilante presidente da República, se está borrifando para o 1º de
Dezembro, Dia da Restauração, e até para a independência nacional… Mas assim
tanto não era de fazer tal ideia. A ilação a tirar é que aquele político está
mais virado para a segurança das suas “aplicações” financeiras e negócios que
lhe assegurem bom património. Só por leveza de espírito deve-se perguntar por
que razão Cavaco veio e está na política e não enveredou nem está no
empresariado… ou em banqueiro? Será que o “arrabanha” pela via da política é
mais fácil e isento de riscos? Quem não sabe a resposta? Cavaco e associados ou
Miguel de Vasconcelos?
Pepe
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