segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Portugal: CAVACO OU MIGUEL DE VASCONCELOS?

 

Balneário Público
 
Foi ontem o Dia da Restauração, o 1º de Dezembro. Em 1640, naquele dia, o português traidor Miguel de Vasconcelos, fiel mandatário e executor do Reino de Castela, ocupante do território de Portugal, foi atirado por uma janela do edifício do Terreiro do Paço, em Lisboa, arrastado por cavalos pelas ruas de Lisboa, desfeito em pedaços e comido por câes vadios. Há 373 anos que assim aconteceu. O Reino de Portugal foi restaurado e desde então sempre se comemorou o Dia da Restauração. Foi instituído feriado nacional e outra cousa não seria de esperar e acontecer porque os acontecimentos e a data deverá permanecer inesquecível em prol da memória e da defesa da independência nacional. As gerações presentes e vindouras jamais podem esvaziar a importância do feito de 1640 ou se assim não ocorresse Portugal seria agora um anexo de Espanha e todo o esforço dos nossos antepassados, que lutaram e morreram pela formação e independência de Portugal, seria mandado às urtigas. Seria cousa sem importância. Seria a traição àqueles e a nós próprios. Nos dias de hoje, na realidade, o 1º de Dezembro é cousa sem importância. O feriado daquela data foi abolido e as comemorações, ao que parece, foi atirado às tais urtigas pelo atual governo e pelo atual horripilante presidente da República. O 1º de Dezembro, comemorado sempre na presença do Presidente da República de Portugal, como na monarquia era comemorado com a presença real, viu Cavaco Silva de costas viradas para a efeméride (não conheço notícia da sua presença) o que por si só configura uma traição aos nossos antepassados, pelo menos. Houve a comemoração em Lisboa, é certo, mas, que saiba, a contar com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, segundo descreve publicação da CML, que diz: “Assinalou-se no dia 1º de dezembro a passagem de mais um aniversário do Dia da Restauração (1640), com uma cerimónia oficial organizada pela Sociedade Histórica de Independência de Portugal e pela Câmara Municipal de Lisboa, numa parceria que remonta a 1861. No seu discurso (leia aqui na íntegra), o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, verberou a decisão governamental de prescindir do feriado que assinalava esta data (posição partilhada, aliás, por todos os oradores), anunciando a intenção da autarquia de prosseguir com a celebração no próximo ano, “não só com esta cerimónia mas transformando o centro de Lisboa numa grande sala de aula coletiva, recriando os acontecimentos que conduziram à libertação de Portugal nos diversos locais onde a História se fez, (…) permitindo fazer desta data uma evocação ainda mais viva e participada”, mobilizando os alunos das escolas.” E prossegue o referido texto de modo mais longo, que pode ver aqui. A fotografia foi retirada da referida publicação. Ali não se vislumbra nenhum Miguel de Vasconcelos Cavaco Silva, nem outros que tal do atual governo. Se no escrito não existir correspondência à verdade corrigirei logo que seja desmentido-informado. É óbvio que sabemos que Cavaco Silva, o horripilante presidente da República, se está borrifando para o 1º de Dezembro, Dia da Restauração, e até para a independência nacional… Mas assim tanto não era de fazer tal ideia. A ilação a tirar é que aquele político está mais virado para a segurança das suas “aplicações” financeiras e negócios que lhe assegurem bom património. Só por leveza de espírito deve-se perguntar por que razão Cavaco veio e está na política e não enveredou nem está no empresariado… ou em banqueiro? Será que o “arrabanha” pela via da política é mais fácil e isento de riscos? Quem não sabe a resposta? Cavaco e associados ou Miguel de Vasconcelos?
 
Pepe
 
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