O presumível
sequestro do navio-tanque Kerala, realizado há seis dias ao largo de Angola,
não passou de um embuste e a embarcação já foi localizada na Nigéria, disse
hoje à Lusa fonte da Marinha angolana.
O Kerala, com
pavilhão liberiano e propriedade da empresa grega Dynacom Tankers, foi fretado
pela petrolífera angolana Sonangol, que em comunicado envido sexta-feira à Lusa
confirmava o desaparecimento do navio-tanque.
Nesse comunicado, a
Sonangol acrescentava que desde o passado dia 19 tinha perdido o contacto com o
Kerala.
Segundo o porta-voz
da Marinha angolana, capitão Augusto Alfredo, o Kerala, embarcação de 60
toneladas que aguardava autorização para atracagem no porto de Luanda, para
cumprir um frete da petrolífera angolana Sonangol, simulou o sequestro em
conluio com um rebocador já referenciado noutras ações de sequestro ao largo do
Gabão, em 2013.
O Kerala e o
rebocador Gare foram já referenciados em águas nigerianas.
"O petroleiro
Kerala, cujo contrato de prestação de serviço à Sonangol termina no próximo dia
12 fevereiro, na noite do dia 18 desligou o sistema de comunicação e navegou em
direção à Nigéria", disse o capitão Augusto Alfredo à Lusa.
Segundo explicou o
oficial angolano, "tudo aconteceu quando o rebocador Gare, que é réplica
de um outro com o mesmo nome e que havia participado em ações de pirataria no
Gabão no ano passado e que está desativado na Nigéria, se aproximou do Kerala,
entrou em comunicação com este e de seguida o petroleiro levantou âncora e
rumaram os dois para a Nigéria".
"Portanto tudo
não passou de uma simulação de sequestro da parte da tripulação e do seu
agente. Neste momento, o rebocador Gare e o petroleiro Kerala estão na
Nigéria", frisou.
O porta-voz da
Marinha angolana acrescentou que um outro "falso alarme" foi
registado passada sexta-feira à noite.
"Um SOS
emitido pelo navio petroleiro SEATRANS CS, encarregue de transportar ramas de
petróleos dos blocos, dava conta de um possível assalto ao navio por um grupo
de piratas. Uma lancha da Marinha acorreu de imediato ao local, tendo concluído
que tal não passava de um falso alarme. Continuaremos vigilantes para evitar
situações que possam criar instabilidade nas nossas águas nacionais", salientou.
O capitão Augusto
Alfredo reafirmou que "não há qualquer ação de pirataria nas nossas águas
nacionais".
Lusa, em Notícias
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