terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Moçambique: RENAMO DEVERÁ CORRER CONTRA O TEMPO

 


FACE À BRUSCA “ABERTURA E FLEXIBILIDADE” DO GOVERNO
 
O regime está a capitalizar ao máximo esta atitude de “flexibilidade, responsabilidade”e capacidade de “maturidade, saber ouvir e compromisso com a paz” e nos próximos dias vai levantar bem alto a factura à Renamo a cobrar contrapartidas.
 
A Renamo deverá correr contra o tempo por formaa não arcar com qualquerónus de responsabilidadeno (in)cumprimentodos 15 dias “oferecidos”pelo Governo para integraros órgãos eleitorais e participarnas eleições geraisde 15 de Outubro.
 
É que ao que tudo indica o censo eleitoral deverá decorrer entre 15 deste Fevereiro e 29 de Abril para se cumprir o calendário eleitoral, mas ainda não há acordo sobre o principal motivo que suscitou a actual crise políticomilitar em Moçambique: a paridade nos órgãos eleitorais.
 
A IX sessão ordinária da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, órgão legal com plenos poderes para aprovar a composição dos órgãos eleitorais só começa os seus trabalhos a 19 de Fevereiro, prolongando-se até 31 de Julho próximo.
 
Até agora, e após a primeira sessão extraordinária – realizada num sábado após cerca de três meses de ócio pleno das duas delegações –, os representantes do Governo/Frelimo e da Renamo lograram concordar a integração de “terceiros” – observadores/mediadores nacionais.
 
Factura para a Renamo
 
Este entendimento representa cedência do Governo que recusava a presença de “terceiros” na sala do “diálogo político” e da Renamo que reclamava que só aceita falar na presença de mediadores e observadores nacionais e estrangeiros.
 
E o regime está a capitalizar ao máximo esta atitude de “flexibilidade, responsabilidade” e capacidade de “maturidade, saber ouvir e compromisso com a paz” e nos próximos dias vai levantar bem alto a factura à Renamo a cobrar contrapartidas.
 
E o “desarmamento imediato” do partido Renamo será, efectivamente, o principal “cavalo de batalha” do Governo para encurralar a “perdiz”, que tem o fuzil como a derradeira tábua de salvação.
 
Correio da Manhã, em Moçambique Para Todos
 

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