Anabela Natário e Alexandra Carita - Expresso
O leilão dos Mirós
está por realizar, mas a polémica gerada com a venda da coleção de quadros do
extinto BPN parece que vai durar.
Os 85 quadros de Miró, cujo leilão previsto para ontem e hoje a Christie's suspendeu, foram para Londres via mala diplomática, ou seja o seu transporte foi efetuado como se se tratasse de propriedade do Estado, soube o Expresso.
Os 85 quadros de Miró, cujo leilão previsto para ontem e hoje a Christie's suspendeu, foram para Londres via mala diplomática, ou seja o seu transporte foi efetuado como se se tratasse de propriedade do Estado, soube o Expresso.
O Expresso apurou
ainda que a Direção-Geral do Património não passou quaisquer guias de
transporte para que a coleção que pertenceu ao BPN saisse do país, facto que
seria indispensável caso se tratasse de propriedade privada.
"Dizer que os
Mirós são do Estado é uma mistificação", afirmou ontem à noite o
secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, em entrevista à TVI24.
Também ontem, mas à
tarde, a leiloeira britânica anunciou em comunicado que cancelava a venda,
devido "às incertezas legais" criadas pela "disputa nos
tribunais portugueses".
"Eu não me vou
pronunciar sobre uma situação que está em curso. (...) Não sou uma empresa de
transportes, não sei se os quadros vão andar atrás para diante. Mas vão voltar
para cá, sim", disse Jorge Barreto Xavier.
O Expresso sabe
ainda que o grupo parlamentar do PS vai dar entrada a um requerimento para que
lhe seja solicitado o contrato assinado entre a Parvalorem (empresa que gere os
ativos do BPN) e a leiloera Christie's. O prazo limite para obtenção do
documento é de 30 dias.
Contatado pelo
Expresso, o secretário de Estado da Cultura ainda não mostrou disponibilidade
para quaisquer esclarecimentos.
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Expresso
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