Diário Liberdade
Bósnia e
Herzegovina - The Guardian - [Tradução Carlos Serrano
Ferreira] Estamos extremamente preocupados com a resposta da comunidade
internacional aos protestos populares que eclodiram contra quase duas décadas
de desgoverno na Bósnia-Herzegovina (Editorial , 17 de fevereiro).
Meios de
comunicação e políticos ocidentais têm argumentado que agora não é o momento
para as potências ocidentais desligarem-se da Bósnia.
Na verdade, é hora
de reconhecer que o domínio externo na Bósnia falhou. O acordo de Dayton, em
1995, criou um "protetorado" não democrático, dando ao Alto
Representante das potências ocidentais uma autoridade neocolonial sobre um
sistema político que institucionalizou as divisões étnicas, enquanto as políticas
econômicas neoliberais empobreceram os bósnios comuns independentemente da
etnia.
Será que as
potências ocidentais têm quaisquer respostas a esta crise? O Alto
Representante, Valentin Inzko, pode pensar apenas em ameaças de intervenção
militar. Ameaças periódicas pelos EUA e a UE de rever o Acordo de Dayton de
recentralizar a Bósnia só fizeram piorar as coisas, levantando o espectro da
secessão com os sérvios e croatas olhando para a Sérvia e a Croácia como
apoios. E nem Bruxelas nem Washington contemplarão reverter as políticas
econômicas neoliberais que empobreceram tantos.
Portanto, é hora de
encerrar o escritório do Alto Representante de altura e terminar a intromissão
externa nos assuntos da Bósnia.
Os protestos
populares deixaram claro que há uma rejeição generalizada de divisões étnicas e
políticas neoliberais impostas de cima. Livre da pressão econômica, política e
militar externa, estamos confiantes de que os povos da Bósnia irão juntos
estabelecer uma sociedade baseada na justiça social e na igualdade nacional.
Samir Amin -
Economista, Senegal;
Cédric Durand -
Economista, Universidade Paris 13, França;
Emin Eminagić -
Ativista, Bósnia e Herzegovina;
Lindsey German -
Stop the War Coalition (p / c), Reino Unido;
Grigoris
Gerotziafas - Professor adjunto de hematologia-hemostasia, Universidade Pierre
e Marie Curie (Paris VI), militante do ANTARSYA em França/Grécia;
Anna Grodzka -
Membro do parlamento da República da Polônia;
Costas Isihos -
Membro do secretariado político e chefe do departamento de política externa do
Syriza;
Mariya Ivancheva -
Estudioso independente e membro do conselho editorial de LeftEast, Bulgária;
Stathis Kouvelakis
- Reader em teoria política do King´s College, Londres e do Comitê Central do
Syriza, Reino Unido e Grécia;
Zbigniew Marcin
Kowalewski - Pesquisador e editor, Polônia;
Aleksandra Lakić -
Pesquisadora, Bósnia e Herzegovina;
Ken Loach - Diretor
de cinema, Reino Unido;
James Meadway -
Economista, Reino Unido;
Matija Medenica -
Editor Solidarnost, Sérvia;
China Miéville -
Autor, Reino Unido;
Tijana Morača -
Pesquisador independente , Sérvia;
Goran Musić -
Historiador, Áustria;
Jelena Petrović -
Red Min(e)d, Eslovênia;
Dragan Plavsic -
Advogado e autor, Reino Unido;
Florin Poenaru -
Antropólogo, Romênia;
Srećko Pulig -
Editor Aktiv, Croácia;
Marija Ratković - A
Cultura da Memória, Sérvia;
James Robertson -
Estudante de Pós-Graduação, história , da Universidade de Nova York, Estados
Unidos;
Catherine Samary -
Economista, França;
Richard Seymour -
Autor e colunista, Reino Unido;
GM Tamás -
Filosófo, CEU, Budapeste, Hungria;
Mary Taylor - CUNY
Graduate Center, EUA;
Vladimir
Unkovski-Korica - Historiador, Reino Unido;
Ana Vilenica –
Editor de Uz)bu) )na))), Sérvia;
Andreja Živković -
Autor, Reino Unido - The Guardian,
segunda-feira, 3 de março de 2014
Na foto:
“Renunciem, bandidos”: cartaz opositor contra a corrupção
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