Alexandre Panda,
Augusto Freitas Sousa, Catarina Cruz – Jornal de Notícias
Cerca de 15 mil
elementos das forças e serviços de segurança estão já a caminho da Assembleia
da República, depois de se terem concentrado no Marquês de Pombal. Já se ouviu
o rebentamento de vários petardos.
O início da marcha,
que vai realizar-se entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República,
aconteceu cerca das 19.20 horas.
Os organizadores
estão certos de que o número de manifestantes que marcam presença, esta
quinta-feira, em Lisboa, já ultrapassou o registado na manifestação de novembro
último.
No início da
concentração ainda estavam a chegar ao Marquês do Pombal dezenas de camionetas
trazendo manifestantes de todo o país, que protestam contra os cortes
salariais.
Às portas da
Assembleia da República, já está posicionado o corpo de intervenção da PSP.
A manifestação é
promovida pela Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações
dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os
sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e
Polícia Marítima.
Os organizadores já
fizeram saber que pretendem que a manifestação seja pacífica.
Sindicato da PSP
diz que «há polícias em situação limite e com grande revolta»
TSF
O presidente da
Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues,
disse hoje, momentos antes do início da manifestação das forças de segurança,
que há agentes em situação limite, com «uma grande revolta».
Ressalvando que
tudo será feito para que «corra bem», para que não se repita a invasão inédita
da escadaria da Assembleia da República, a 21 de novembro do ano passado, Paulo
Rodrigues manifestou o desejo de que «não haja qualquer incidente, para poder
exigir do Governo outra atitude».
«É evidente que não
ignoramos que há colegas que estão numa situação limite, estão muito
revoltados, numa situação em que não conseguem assumir compromissos ou mesmo
disponibilizar uma situação com dignidade à sua família. Isto revolta qualquer
profissional», afirmou.
Paulo Rodrigues,
secretário-geral da Comissão Coordenadora Permanente (CCP), salientou que «têm
de ser reconhecidos os inúmeros direitos» das forças de segurança, com a
adequação «das leis orgânicas e dos estatutos profissionais à especificidade e
ao reconhecimento dos profissionais».
Paulo Rodrigues
afirmou esperar que a manifestação tenha uma presença massiva (mais de 15 mil
profissionais), para que seja vincado o protesto junto do Governo.
«Não aceitamos
nunca que alguém nos queira tirar a nossa dignidade», acrescentou.
A manifestação das
forças de segurança é promovida pela CCP dos Sindicatos e Associações dos
Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os
sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e
Polícia Marítima.
Também as
associações da GNR e os sindicatos da PSP e dos guardas prisionais que não
pertencem à CCP participam nesta ação de protesto contra os cortes salariais.
Foto: Jorge
Amaral-Global Imagens
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