A Telles de Abreu e
Associados é mandatária da Parvalorem no resgate judicial de créditos e ativos
tóxicos do BPN. Mas também representa a ex-Sociedade Lusa de Negócios, agora
chamada Galilei, grupo que foi dono do banco presidido por Oliveira e Costa. Eis
a história de um escritório de advogados que, ao mesmo tempo e num escaldante
caso, consegue estar nos dois lados da barricada
O advogado Luís Telles de Abreu é o principal fundador da Sociedade
Telles de Abreu e Associados, presidindo também à Assembleia-Geral da antiga
Sociedade Lusa de Negócios (SLN), rebatizada como Galilei, ex-dona do BPN.
Já André Navarro de
Noronha, advogado-sócio da Telles de Abreu, é mandatário da Parvalorem, a
sociedade-veículo criada pelo Ministério das Finanças para gerir e resgatar os
créditos e ativos tóxicos do BPN. Navarro de Noronha representa, ainda, os
interesses do Estado no julgamento do principal processo-crime do "caso
BPN", em que José Oliveira e Costa, ex-presidente do banco, é o mais
destacado arguido, num conjunto de 16 acusados.
Mas, no Tribunal da
Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, o mesmo André Navarro de
Noronha, em nome da Telles de Abreu e Associados, assina uma impugnação
judicial, como mandatário da Galilei (holding sucessora da SLN),
batalhando por eximir o grupo, enquanto dono do BPN, da coima de €4 milhões que
lhe foi aplicada pelo Banco de Portugal (BdP), por prestação de contas
falsificadas e informações erradas ao supervisor. O BdP sancionou José Oliveira
e Costa com uma multa de €950 mil e neste julgamento, de recursos de decisões
condenatórias do banco central, os 17 arguidos somam €9,9 milhões em coimas.
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