A Frelimo, partido
no poder em Moçambique, afirmou hoje que as eleições gerais de 15 de outubro
terão lugar, "com ou sem Afonso Dhlakama" , o líder da Renamo,
principal partido da oposição, que está em lugar incerto.
Apesar de os
dirigentes da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) afirmarem em público
que o partido vai participar nas eleições gerais, aumenta a inquietação em
relação a esta hipótese, uma vez que o seu líder ainda não se recenseou para o
escrutínio, a duas semanas do fim do recenseamento eleitoral.
Afonso Dhlakama não
é visto em público desde outubro do ano passado, quando o acampamento em que
vivia na província de Sofala, centro do país, foi atacado e ocupado pelo
exército moçambicano, na sequência da tensão política e militar causada por
divergências em torno da legislação eleitoral.
Falando num
encontro do partido na província de Inhambane, o porta-voz da Frente de
Libertação de Moçambique (Frelimo), Damião José, afirmou que as eleições gerais
de 15 de outubro terão lugar, "com ou sem Afonso Dhlakama".
"As eleições
não serão adiadas, porque Dhlakama continua no mato. Com ou sem Dhlakama, o
povo moçambicano vai votar, é por isso que a Frelimo está no terreno a preparar
a vitória e a do seu candidato presidencial, Filipe Nyusi", disse Damião
José, secretário para a Mobilização e Propaganda do partido no poder.
Damião José
declarou que uma eventual ausência do líder da oposição do escrutínio não será
um retrocesso para a democracia moçambicana, mas admitiu que seria preferível
que a Renamo concorresse, mesmo se for se Afonso Dhlakama.
PMA // PJA – Luusa –
foto António Silva
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