A
Polícia Militar do Rio de Janeiro determinou a prisão administrativa de quatro
policiais suspeitos de agressão e roubo durante o ato do último
domingo (13), na Tijuca, zona norte da cidade do Rio. Os quatro são
soldados e ficarão presos no Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos, por
ordem do comandante da unidade.
Os
inquéritos policiais-militares foram abertos depois que vídeos e fotos
divulgados na imprensa e mídias sociais flagraram soldados agredindo jornalistas
e manifestantes. Um soldado é suspeito de agredir o cinegrafista
canadense Jason O’Hara, que teve equipamentos danificados e confiscados por
policiais após ter sido chutado no rosto por um soldado quando estava sentado
no chão. O segundo soldado detido é suspeito de ter roubado uma câmera do
jornalista.
Um
terceiro agente é suspeito de agredir o repórter fotográfico do Portal Terra
Mauro Pimentel. As fotos do jornalista mostram o momento em que o suspeito
agrediu Pimentel com um cassetete. O quarto policial preso é acusado de
chutar duas vezes uma jovem manifestante. Ele chegou a ser contido por colegas
depois da agressão. Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de
Janeiro, 15 jornalistas que faziam a cobertura do protesto foram agredidos por
policiais com armas não letais usadas pelos agentes.
Ainda
com relação ao protesto de domingo, na terça-feira (15) a Justiça do
Rio de Janeiro concedeu o habeas corpus a 13 dos 19 ativistas presos
“preventivamente” na véspera do protesto marcado para o horário da realização
da final da Copa do Mundo. As prisões foram embasadas no risco desses
manifestantes planejarem manifestações de violência.
Informações
dos Advogados Ativistas confirmam o nome ou apelido de 12 dos ativistas
liberados: Rebeca Martins, Bruno de Souza, Emerson Fonseca, Pedro Maia, Felipe
Frieb, Felipe Proença, Rafael Caruso, Gerusa, Moa, Gabriel Marinho, Eloisa Samy
e Joseane.
No
final da tarde da última terça-feira (15) diversos manifestantes protestaram em
frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pedindo a liberdade
imediata dos ativistas, para quem as prisões são políticas e absolutamente
arbitrárias. Após a concessão do habeas corpus, os manifestantes
comemoraram a decisão. (pulsar/rba)
Pulsar
Brasil
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