sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Portugal: MAIS TARDE AS SUBVENÇÕES DOS DEPUTADOS SERÃO PAGAS POR ATACADO?




O que dizer? A não ser que eles comem mesmo tudo. Ainda há pouco foi aqui escrito (mais em baixo) sobre o espírito vampiresco que grassa na Assembleia da República. Uns a dar a cara e outros a fazer de conta que não concordam. Um triste teatro. Agora Isabel Moreira vem dizer mais e entende-se que mais tarde as subvenções dos coitadinhos e pobrezinhos dos deputados vão ser pagas por atacado e que provavelmente ainda vão receber mais do que se… 

Atente-se naquilo que a deputada Isabel Moreira diz e consta na notícia a seguir em Notícias ao Minuto.

A desbunda não pára. A legislação produzida é construída com alçapões e manhas que levam vantagens para os dos poderes e os mais ricos, contra verdadeiras guilhotinas para os mais pobres. Grande democracia que estes pseudo democratas vieram construindo!

Vá. Paguemos e não bufemos. Sem dúvida que estamos a assistir à revisitação de Salazar. Grande arco da governação. E o povo, pá! (MM/PG)

Subvenções Isabel Moreira não exclui pedido de fiscalização ao Ratton

A deputada socialista Isabel Moreira admitiu hoje participar num pedido de fiscalização sucessiva junto do Tribunal Constitucional da norma do Orçamento do Estado que mantém a suspensão do pagamento de suspensões vitalícias a antigos políticos.

"Considero que essa norma é inconstitucional, ainda não falei com ninguém, mas estou absolutamente disponível", declarou à agência Lusa, depois de interrogada sobre um eventual pedido ao Tribunal Constitucional de fiscalização sucessiva da norma orçamental relativa às subvenções vitalícias.

Tal como Isabel Moreira, dentro da bancada do PSD, também vários deputados transmitiram à agência Lusa equacionarem a hipótese de um recurso ao Tribunal Constitucional, alegando, entre outras razões, que este ano os juízes chumbaram a proposta de lei do Governo para a criação de uma contribuição de sustentabilidade das pensões.

Um pedido de fiscalização sucessiva junto do Tribunal Constitucional tem de ser subscrito por um décimo dos deputados, ou seja 23, fasquia que Isabel Moreira já ultrapassou quando, no início de 2012, deu origem a um movimento de deputados a favor do pedido de fiscalização sucessiva das normas orçamentais que continham cortes aos subsídios de férias e de natal dos trabalhadores do setor público.

Agora, Isabel Moreira foi também uma das principais defensoras da proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2015 subscrita pelos deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS) no sentido de pôr fim à suspensão do pagamento das subvenções vitalícias de antigos políticos com rendimentos médios superiores a 2000 euros.

Depois de intensa polémica nas bancadas do PSD e do PS, as direções dos grupos parlamentares social-democrata e socialista decidiram retirar essa proposta.

Isabel Moreira salientou que já no ano passado manifestou a sua convicção de que a suspensão do pagamento das subvenções vitalícias superiores a dois mil euros mensais era inconstitucional.

"Só que no ano passado estávamos perante cortes violentíssimos e havia outras prioridades. Também entendo que mais grave do que esta questão é o conjunto de cortes aplicados a reformas de trabalhadores de empresas públicas como a Carris, ou os cortes nas pensões", ressalvou Isabel Moreira, também constitucionalista.

Em declarações à agência, Isabel Moreira fez também duras críticas às consequências políticas da atuação do Bloco de Esquerda em matéria de subvenções vitalícias de antigos políticos, vincando que a proposta de Couto dos Santos e de José Lello previa um corte de 15 por cento em 2015 para a reposição das subvenções vitalícias superiores a dois mil euros.

Segundo Isabel Moreira, como o Bloco de Esquerda não apresentou qualquer proposta de revogação do regime transitório das subvenções vitalícias - estas subvenções foram revogadas em 2005, mas sem efeitos retroativos -, "no momento em que terminar a suspensão aplicada pelo Governo, desde 2014, então as subvenções serão pagas sem qualquer redução".

"Isto quer dizer que, quando terminar a suspensão, os antigos políticos beneficiários destas subvenções vão até receber mais do que receberiam se a proposta [de Couto dos Santos e José Lello] fosse agora aprovada. São estas as consequências políticas da atuação do Bloco de Esquerda", apontou a constitucionalista.

Leia mais em Notícias ao Minuto


Sem comentários:

Mais lidas da semana