quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

China - Hong Kong: Deputada pró-democrata Emily Lau diz que hoje é um dia triste




Hong Kong, China, 11 dez (Lusa) -- A presidente do Partido Democrático, Emily Lau, disse que hoje é um dia triste para os residentes de Hong Kong que lutam há décadas pela democracia, com o despejo dos manifestantes pró-democracia pela polícia.

A deputada Emily Lau foi um dos rostos da ala pró-democrata presentes esta manhã no local epicentro dos protestos, junto da sede do governo, em Admiralty, de acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

"Sabemos que a polícia está a vir. É por isso que estamos aqui, para mostrar que estamos determinados a recorrer à desobediência civil para lutar pela verdadeira democracia", afirmou.

Também presente no local, o líder do Partido Cívico, Alan Leong, expressou sentimentos contraditórios.

"Penso que não fizemos o suficiente para deixar um sistema eleitoral justo às futuras gerações de Hong Kong", afirmou, ressalvando estar "orgulhoso por ver tantos jovens capazes de sair à rua e tomar a liderança".

Pelo menos seis manifestantes foram hoje detidos pela polícia de Hong Kong durante a ação de despejo dos protestos pró-democracia, escreveu a agência Efe.

Os agentes detiveram os manifestantes depois de estes se terem negado a abandonar o local. Apesar de se terem recusado a sair, os detidos não ofereceram resistência à sua detenção.

A ação policial, conduzida por centenas de agentes, levou os manifestantes a concentrarem-se numa pequena zona da Hartcourt Road, rua onde estava concentrada a maioria das tendas de campanha do movimento democrático.

Alguns dos detidos foram levados por grupos de quatro polícias, enquanto outros saíram pelo próprio pé. Enquanto era realizadas as detenções, os ativistas que permaneciam no local gritava "nós somos pacíficos", "não temos medo", "desobediência civil" e "democracia já".

Ativistas iniciaram a ocupação das ruas de Hong Kong a 28 de setembro para exigir eleições totalmente livres para a liderança da Região Administrativa Especial chinesa.

A China insiste que os candidatos às eleições para o chefe do Executivo, em 2017, devem ser pré-selecionados por um comité eleitoral, condição rejeitada pelos manifestantes, na sua maioria estudantes.

FV // APN

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