O
município de Quiuaba Nzoji, na região da Baixa de Cassanje, Malanje, acolhe
hoje o acto central do 4 de Fevereiro, data do início, em 1961, da Luta Armada
de Libertação Nacional, presidido pelo ministro Bornito de Sousa.
O
bureau político do MPLA saúda numa mensagem os angolanos no país e no
estrangeiro e exorta-os a prosseguirem, com determinação e confiança, a
construção de um futuro de paz, concórdia e progresso social.
No mesmo documento, divulgado a propósito dos 54 anos do início da Luta Armada de Libertação Nacional, o MPLA considera o 4 de Fevereiro “exemplo ímpar de patriotismo, amor à Pátria e de coragem de muitos dos melhores filhos de Angola que, num contexto de luta desigual, iniciaram a grande caminhada contra o colonialismo português, que culminou com a proclamação da Independência Nacional em 11 de Novembro de 1975”.
O texto salienta que “54 anos depois daquele dia glorioso, Angola apresta-se a assinalar 40 anos de Independência Nacional, dos quais 27 em guerra, que destruiu o tecido social e económico do país”.
Não obstante tamanha adversidade, sob a liderança do MPLA, prossegue o comunicado, os angolanos preservaram a integridade do solo pátrio e a liberdade tão duramente conquistada. O MPLA considera que, 12 anos após a conquista da paz definitiva, o “sangue mártir dos filhos de Angola está a fazer brotar um novo mundo e uma nova vida”.
Novas realizações
“Estamos a reconstruir e modernizar tudo o que estava destruído, ao mesmo tempo que materializamos novas realizações”, realça o documento. O comunicado refere também a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, no qual afirma: “O nosso país começou a mudar para melhor. As famílias começaram, progressivamente, a exercer o seu papel na sociedade e aumentou o nível cultural, científico e técnico dos angolanos”.
Na nova e pacificada Angola de hoje, afirma a mensagem, há mais crianças nas escolas, mais técnicos e especialistas angolanos nas empresas e nas instituições administrativas, mais médicos e professores, a economia cresceu e o prestígio do país aumentou à escala mundial.
O MPLA reafirma no comunicado do seu bureau político que, apesar de 2015 se afigurar difícil no plano económico, por causa da queda significativa do preço do petróleo, que vai obrigar à redução das despesas públicas, o compromisso com o desenvolvimento do país e que o combate à fome e à pobreza continuam a ser metas a alcançar.
A inclusão social, acentua, é factor essencial para reforço da coesão nacional, consolidação da paz e o bem-estar dos angolanos.
“Neste momento de festa e de reflexão, o bureau político do comité central do MPLA reitera, em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do partido, a firme disposição de continuar fiel aos ideais do 4 de Fevereiro, incentivando o Executivo, na sua nobre e importante missão de resolver os problemas do povo\", salienta a mensagem.
Acto
A
A cerimónia é presidida pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa. Também hoje é lançada, em Malanje, a Logomarca e as Jornadas do 11 de Novembro, subordinada ao tema “Angola 40 anos: Independência, Paz, Unidade Nacional e Desenvolvimento”.
Jornadas da independência
Um documento do Ministério da Administração do Território refere que o Presidente da República aprovou as normas metodológicas de organização e celebração de feriados nacionais, estabelecendo para as festividades do 11 de Novembro objectivos específicos.
O Executivo pretende este ano divulgar e realçar a importância do 11 de Novembro, enquanto marco de transcendental importância na união das várias sensibilidades nacionais, para valorização da Pátria assente na vontade da construção de um Estado democrático de direito e união da Nação angolana. Outro objectivo é promover a reflexão sobre os enormes sacrifícios consentidos pelo povo na conquista do bem maior da Nação, a Independência Nacional, além de reverenciar os povos, partidos e Governos que nos longos e difíceis anos da luta de libertação se solidarizaram com a causa nacional e apoiaram, de forma directa e concreta os objectivos, como o nascimento e consolidação do Estado soberano, livre e independente.
Elogio aos heróis
O vice-governador para Serviços Técnicos e Infra-estruturas do Bengo elogiou os feitos dos antigos combatentes da Luta de Libertação Nacional, principalmente os que fizeram parte da primeira Região Político Militar, localizada naquela província. José Major, que fez o elogio na abertura das jornadas comemorativas do 4 de Fevereiro, sublinhou a bravura dos heróis e disse que a iniciativa tem o objectivo de honrar a memória daqueles que, não poupando meios, enfrentaram o colonialismo português.
As jornadas foram abertas com uma palestra sobre “O Contributo da Província do Bengo na Luta de Libertação Nacional”, durante a qual o vice-governador realçou o espírito patriótico dos que deram o sangue para Angola se tornar um país livre. O vice-governador exortou a população do Bengo a participar nas celebrações da data, cujo acto central provincial é no município de Nambuangongo.
Também lembrou que a independência nacional e a paz permitem a reconstrução do país, construção de várias infra-estruturas e melhorar da vida da população.
Entre os vários os projectos de impacto social no Bengo, entre José Major realçou o hospital em construção no município do Bula- Atumba. As obras desta infra-estrutura, visitadas pelo vice-governador, começaram em 2013 e devem terminar este ano.
Jornal
de Angola
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