Banguecoque,
03 fev (Lusa) -- A Embaixada do Brasil em Jacarta pediu hoje para que o
brasileiro Rodrigo Gularte, que aguarda execução no corredor da morte na
Indonésia, seja hospitalizado por lhe ter sido diagnosticada esquizofrenia.
Fontes
diplomáticas disseram à agência noticiosa espanhola EFE que pediram à
Procuradoria indonésia para que Gularte, condenado à pena capital depois de ter
sido detido com 19 quilogramas de cocaína, dê entrada num hospital
psiquiátrico, o que evitaria a sua execução.
"Está
mentalmente doente, diagnosticaram-lhe esquizofrenia. Segundo a lei indonésia,
uma pessoa doente não pode ser executada", precisou um funcionário da
embaixada brasileira, que não quis ser identificado.
Segundo
a representação diplomática brasileira, Gularte está a ser "bem
tratado" na prisão e conta com ajuda diplomática, bem como de familiares
que se encontram na Indonésia.
O
diário The Jakarta Post informou que 11 arguidos, incluindo Gularte e outros
seis estrangeiros, deverão ser fuzilados na ilha de Nusakambangan, na província
de Java Central, no final de fevereiro. A embaixada brasileira indicou não ter
sido informada oficialmente.
No
dia 18 de janeiro, a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, chamou o embaixador
do país na Indonésia, depois de ter apelado, sem êxito, ao seu homólogo
indonésio, Joko Widodo, para que travasse a execução de um outro preso
brasileiro, Marco Archer Cardoso Moreira.
O
embaixador brasileiro ainda não regressou a Jacarta e Rousseff afirmou que o
fuzilamento de Gularte afetará as relações diplomáticas entre os dois países.
A
Indonésia tem 133 presos no corredor da morte, 57 dos quais por tráfico de
droga, dois por terrorismo e 74 por vários outros crimes.
PAL
// VM
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