O
secretário-geral comunista declarou hoje que o primeiro-ministro e o seu
"vice" estão em "visível pânico" e a lançar
"pragas" imaginárias sobre o futuro do país, no primeiro de dois dias
de jornadas parlamentares, em Aveiro.
"Perante
os ventos de mudança que vão soprando por essa Europa, fruto da luta,
determinação e vontade dos povos em romper amarras de uma política que só
conhece um amo - o grande capital - , antecipando a sua própria derrota, aí estão,
em visível pânico, num frenesi desusado e de forma estridente, a convocar todos
os fantasmas do medo e da chantagem", acusou Jerónimo de Sousa.
Segundo
o líder do PCP, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas encontram-se, "em
uníssono, a desfiar o rol das pragas que se abaterão sobre o país e das
hipotéticas perdas com a sua derrota e da política que serve os grandes
interesses, até, pasme-se, uma imaginária descida do IRS no futuro!".
O
também deputado comunista exemplificou a situação de "tragédia e ruína
sociais" com dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE),
segundo os quais "mais que um em cada quatro portugueses está abaixo do
limiar da pobreza, totalizando 2,7 milhões de pessoas, alertando ainda para as
dificuldades dos produtores nacionais, designadamente com o fim das quotas
leiteiras (31 de março) e o ano agrícola "com fortes quebras na
produção" de arroz, castanha, fruta e batata.
"Diz
Passos Coelho que os resultados divulgados pelo INE já não correspondem à
realidade -- 'são o eco daquilo que passámos' -, que não refletem situação
atual. O ridículo e a perfídia tomaram conta deste Governo PSD/CDS, quando
anuncia que, num ano, tudo mudou", criticou.
Para
Jerónimo de Sousa, "negar esta realidade não é apenas persistir numa
campanha de propaganda enganosa que a todo o custo quer meter pelos olhos
dentro dos portugueses êxitos inexistentes".
"É
mais grave. É admitir que nada fará para inverter uma situação que exige um
combate sério e decidido que este Governo não está em condições nem tem vontade
política para realizar", disse, sem descurar as "consequências
desastrosas de uma política apostada em degradar o Serviço Nacional de
Saúde" e os elevados números do desemprego.
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