segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Portugal: JERÓNIMO DE SOUSA OBSERVA PASSOS E PORTAS EM “VÍSIVEL PÂNICO”




O secretário-geral comunista declarou hoje que o primeiro-ministro e o seu "vice" estão em "visível pânico" e a lançar "pragas" imaginárias sobre o futuro do país, no primeiro de dois dias de jornadas parlamentares, em Aveiro.

"Perante os ventos de mudança que vão soprando por essa Europa, fruto da luta, determinação e vontade dos povos em romper amarras de uma política que só conhece um amo - o grande capital - , antecipando a sua própria derrota, aí estão, em visível pânico, num frenesi desusado e de forma estridente, a convocar todos os fantasmas do medo e da chantagem", acusou Jerónimo de Sousa.

Segundo o líder do PCP, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas encontram-se, "em uníssono, a desfiar o rol das pragas que se abaterão sobre o país e das hipotéticas perdas com a sua derrota e da política que serve os grandes interesses, até, pasme-se, uma imaginária descida do IRS no futuro!".

O também deputado comunista exemplificou a situação de "tragédia e ruína sociais" com dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais "mais que um em cada quatro portugueses está abaixo do limiar da pobreza, totalizando 2,7 milhões de pessoas, alertando ainda para as dificuldades dos produtores nacionais, designadamente com o fim das quotas leiteiras (31 de março) e o ano agrícola "com fortes quebras na produção" de arroz, castanha, fruta e batata.

"Diz Passos Coelho que os resultados divulgados pelo INE já não correspondem à realidade -- 'são o eco daquilo que passámos' -, que não refletem situação atual. O ridículo e a perfídia tomaram conta deste Governo PSD/CDS, quando anuncia que, num ano, tudo mudou", criticou.

Para Jerónimo de Sousa, "negar esta realidade não é apenas persistir numa campanha de propaganda enganosa que a todo o custo quer meter pelos olhos dentro dos portugueses êxitos inexistentes".

"É mais grave. É admitir que nada fará para inverter uma situação que exige um combate sério e decidido que este Governo não está em condições nem tem vontade política para realizar", disse, sem descurar as "consequências desastrosas de uma política apostada em degradar o Serviço Nacional de Saúde" e os elevados números do desemprego.

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