O
Democrata (gb), editorial
Ao
produzir a Visão Política Terra Ranka, o governo do Engenheiro Domingos
Simões Pereira, esqueceu-se do efeito deBoomerang que poderia ter no seu
próprio governo. Na verdade uma boa parte das categorias socio-profissionais do
nosso país abraçaram com dentes e unhas o conteúdo real desta bem conseguida
visão estratégica de Marketing Político, e estão hoje empenhados em transformá-la
numa realidade no exercício das suas atividades profissionais.
A
visão política Terra Ranka conseguiu vender-se, contornando a era das
incertezas dos governos de transições caraterizados por modelos de governação
decadentes e fora da visão da sociologia política e de poder de Estado. Aliás,
o zé-povinho de Bandim não deseja mais viver a infinita sinfonia deste velório
que caraterizou o martezizado percurso guineense no exercício de “Demos
Cracia”.
Pela
amarga experiência, através de sucessivos golpes de Estados que fustigaram há
décadas as almas intelectuais da nossa sociedade, levam os guineenses a não
quererem que a Terra Ranka seja, apenas, uma mera visão da campanha
eleitoralista da Mesa Redonda ou de uma festinha de um grupinho de pessoas nas
ruas de Bruxelas ou de discursos políticos semiose no Parlamento Europeu e na
Sede das Nações Unidas em
Nova Iorque.
Esse
dejeso, legítimo, implica que cada guineense esteja onde estiver, seja qual for
o tipo de trabalho que faz, deve contribuir na materialização da Terra
Ranka, bem como criticar e sancionar os eventuais desvios desta visão
estratégica.
Com
a visão política Terra Ranka os cidadãos guineenses almejam ver
técnica e moralmente competentes e ‘limpos de indícios de justiça’ seus
administradores de Bem Público, para ser coerente na velocidade que se quer
imprimir nesta Visão do Jovem Engenheiro de Farim.
Governar
é como cuidar de um doente. Um doente tem que tomar remédios. E líder de um
governo tem que tomar decisões. É o que Engenheiro Domingos Simões Pereira
precisa fazer já e agora no seu elenco governamental antes que alguém o venha
esbarrar manteiga de lixo que corre atualmente em abundância no espaço político
nacional. Por outro lado, é bom que o Primeiro-ministro compreenda que o
envolvimento dos membros do seu governo com a justiça nacional é pura e
simplesmente o efeito de Boomerang da sua visão política da Terra
Ranka.
Convenhamos
que o Ministério Público não tenha “outras pretensões” a não ser a de cumprir
com a visão política da Terra Ranka na Justiça Nacional. Se o
Primeiro-ministro não tivesse disseminado esta nova “visão política do
desenvolvimento” Terra Ranka, o seu governo seria similar a qualquer um
dos governos de transições caracterizados por incertezas da visão política de
governação do país. Se assim for, na visão política Terra Ranka do
Ministério Público não existe ainda redes fininhos para pescar peixes miúdos. A
sua rede de pesca é grossa para acabar com práticas de impunidade que não
dignificam a própria visão da Terra Ranka do Engenheiro Domingos
Simões Pereira.
Afinal,
o Ministério Público é quem estaria a fazer a devida campanha de boa
imagem do país com sua interpretação da visão política da Terra Ranka,
concebida pelo Primeiro-ministro?
António
Nhaga - Diretor-Geral/Editor
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