segunda-feira, 27 de julho de 2015

Fogo: Começaram as obras de reabilitação em 110 moradias. Autarca lamenta demora




As obras de reabilitação e ampliação das 110 casas de Achada Furna e Monte Grande, na ilha do Fogo, já arrancaram. O Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, João Aquileu, considera que “houve pouca celeridade” no arranque dos trabalhos, tendo em conta a situação das famílias e o aproximar da época das chuvas.

Os trabalhos de ampliação e reabilitação das moradias, construídas em 1995, para alojar as famílias de Chã das Caldeiras, iniciaram-se com três meses de atraso. Segundo informações avançadas pelo autarca de Santa Catarina, em causa esteve o atraso na entrada dos donativos financeiros na Direcção Geral do Tesouro.

“Há números, mas segundo informações que eu tenho muito valor ainda não entrou na Direcção Geral do Tesouro, o que provocou este atraso. Está-se a trabalhar com a parte que o tesouro está a disponibilizar”, afirmou João Aquileu à Rádio Morabeza.

O edil de Santa Catarina considera que as obras arrancaram tarde, tendo em conta a ansiedade e a preocupação das famílias com a chegada da época das chuvas.

“Enquanto presidente da Câmara, entendo que houve pouca celeridade. A população sempre tem-nos confrontado com dificuldades, porque apesar do ano não estar muito promissor, temos sempre que contar que pode haver chuvas a curto prazo”, acrescenta João Aquileu, que se diz mais satisfeito com o início das obras e pede a compreensão das famílias.

A reabilitação e ampliação das 110 casas, 70 em Monte Grande e 40 em Achada Furna consiste, segundo Aquileu, na substituição dos tectos e ampliação, no mínimo de mais três quartos, casa de banho e cozinha, conforme o número de agregado familiar.

Entretanto, as moradias não devem ficar prontas antes das chuvas para albergar as famílias, conforme explica o autarca de Santa Catarina. “Não é nada fácil. Para as próximas chuvas podem estar algumas, mas a maioria não vai estar pronta, de certeza”, garante.

Por outro lado, João Aquileu está convencido que quando as pessoas receberem as suas casas “vão ver que o que estão a passar agora valeu a pena”.

Questionado em que moldes as famílias vão ficar com as casas, o presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina afirmou que se trata de uma questão que deve ser estudada e que pode ser discutida numa reunião do Gabinete de Reconstrução do Fogo marcada para o próximo dia 30 de Julho.

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