Após
os resultados ao referendo grego, os políticos portugueses soltaram as
primeiras reações. Sociais-democratas pedem cautela e responsabilidade,
enquanto os esquerdistas salientam o poder democrático.
Entre
os que apoiam a decisão grega na ruptura com as condições impostas pela Europa
e os que apelam ao sentido de responsabilidade. Há algo unânime entre os
partidos: ninguém se pronuncia quanto a possibilidade de um 'Grexit' (saída do
Euro por parte da Grécia).
Sociais-democratas
e socialistas unem-se no apelo ao acordo. Pelo PS, falou o secretário nacional
Sérgio Sousa Pinto, dizendo que "o acordo deve ser alcançado o mais
rapidamente possível. Os socialistas mantém-se a favor do 'não', mas já não
repete as palavras de António Costa, que na altura da eleição do Syriza afirmou
ser "um exemplo para Portugal".
Através
de Marco António Costa, o PSD pronunciou-se, salientando que "o referendo
coloca nas mãos do governo grego a capacidade e o dever de apresentar uma
solução para o impasse", sustentando que essa solução deve ter em conta
"o respeito pelaas regras que conformam o funcionamento da União
Monetária". Marco António Costa aproveitou ainda para deixar claro que
"o PSD não navega ao sabor do vento e mantém inabalável o compromisso com
o projeto europeu".
À
esquerda, as declarações mais veementes surgem por Francisco Louçã. O ex-líder
do Bloco de Esquerda (BE) escreveu no Facebook que o 'não' representa "uma
bofetada para Berlim" e que "Tsipras é hoje, do ponto de vista
democrático, o dirigente mais autorizado da Europa".
Mais
focado nas críticas à maioria PSD/CDS falaram o Bloco de Esquerda e o PCP, que aproveitaram
o tempo de antena para afirmarem que "o Executivo [português] esteve
sempre ao lado do sistema financeiro e da Alemanha e portanto não esteve nunca
a defender os interesses da população portuguesa", disse Catarina Martins
(BE).
Já
Jerónimo de Sousa (PCP) apelou ao sentimento, dizendo que o Governo "devia
estar do lado daqueles que, no essencial, também passam pelos mesmos dramas.
Mas não, alinham com os poderosos da UE", concluiu.
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