quarta-feira, 29 de julho de 2015

UE acompanha preocupações da Novo Macau sobre venda de 'software" de ciberespionagem




Macau, China, 29 jul (Lusa) -- O chefe da representação da Comissão Europeia em Hong Kong e Macau, Vincent Piket, disse que ia acompanhar a exportação de 'software' de ciberespionagem de Itália para Macau, em resposta à solicitação de um grupo político.

O caso remonta ao início deste mês e vem na sequência de revelações do portal Wikileaks que tornaram público o interesse da Polícia Judiciária de Macau na aquisição de um 'software' de videovigilância da empresa italiana Hacking Team -- o Remote Control System (RCS) --, com base numa troca de emails iniciada em 2012.

A revelação levou a Associação Novo Macau a pedir uma investigação ao Ministério Público e a enviar, na semana passada, uma carta aos representantes consulares dos países membros da União Europeia, na qual encorajava os governos europeus a tomarem "precauções extras" ao aprovarem a venda de produtos de segurança e de defesa por empresas sedeadas no espaço europeu para o Governo de Macau.

"Se a exportação de produtos de vigilância com capacidades intrusivas está sujeita ao controlo ou regulamentação no seu país, pedimos que informe as autoridades competentes do seu país sobre a possibilidade de abuso de tais produtos pelas autoridades policiais do governo de Macau", referia a missiva.

A resposta de Vincent Piket, publicada no Facebook de Jason Chao, membro da Associação Novo Macau, é referida hoje pelo Ponto Final.

"Vamos olhar para esta questão com os nossos colegas italianos de forma a discutir as preocupações suscitadas por esta missiva", afirma Vincent Piket, citado pelo jornal.

FV (DM/ISG) // VM

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