Macau,
China, 29 jul (Lusa) -- O chefe da representação da Comissão Europeia em Hong Kong e Macau,
Vincent Piket, disse que ia acompanhar a exportação de 'software' de
ciberespionagem de Itália para Macau, em resposta à solicitação de um grupo
político.
O
caso remonta ao início deste mês e vem na sequência de revelações do portal
Wikileaks que tornaram público o interesse da Polícia Judiciária de Macau na
aquisição de um 'software' de videovigilância da empresa italiana Hacking Team
-- o Remote Control System (RCS) --, com base numa troca de emails iniciada em
2012.
A
revelação levou a Associação Novo Macau a pedir uma investigação ao Ministério
Público e a enviar, na semana passada, uma carta aos representantes consulares
dos países membros da União Europeia, na qual encorajava os governos europeus a
tomarem "precauções extras" ao aprovarem a venda de produtos de
segurança e de defesa por empresas sedeadas no espaço europeu para o Governo de
Macau.
"Se
a exportação de produtos de vigilância com capacidades intrusivas está sujeita
ao controlo ou regulamentação no seu país, pedimos que informe as autoridades
competentes do seu país sobre a possibilidade de abuso de tais produtos pelas
autoridades policiais do governo de Macau", referia a missiva.
A
resposta de Vincent Piket, publicada no Facebook de Jason Chao, membro da
Associação Novo Macau, é referida hoje pelo Ponto Final.
"Vamos
olhar para esta questão com os nossos colegas italianos de forma a discutir as
preocupações suscitadas por esta missiva", afirma Vincent Piket, citado
pelo jornal.
FV
(DM/ISG) // VM
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