Que
o Bando de Mentirosos nos enganou é o que vai encontrar mais em baixo. Não é
novidade mas parece que houve quem esperasse todo este tempo para o reconhecer
porque… é oficial. Bernardo Ferrão faz disso título sobre a devolução da
sobretaxa. Ai sim!? Não sabíamos! Olha a novidade! Coitados, enganaram-se!
Porém,
Bernardos, Angélicos e Aparícios deste país, quem não sabia e não sabe que o
Bando de Mentirosos foi e é isso mesmo na pessoa de Pedro Passos Coelho? Todos!
O que acontece é que existem uns quantos, demasiados quantos, que pretenderam à
viva força insistir na candura e honestidade daquele bando cujo protetor e
chefe de orquestra foi Cavaco Silva, o “horribilis” PR que tem andado há décadas
a fazer “aplicações” sobre os viventes e os já cadáveres de imensos
portugueses. Simplificando: a viver do bom e do melhor à nossa conta. Bando de
Mentirosos, seita, facção, máfia… E por aí adiante.
Dirão
os tais alguns demasiados que Passos e Cavaco também fizeram coisas boas para o
país. Pois, dirão. Também há quem diga que foram, são, desonestos. Aposto que
esses são a maioria. Dessa maioria existem os que já se finaram, suicidando-se –
devido às dificuldades e desumanidade das políticas defendidas e impostas por
aqueles títeres. Bem para os imensamente ricos eles fizeram, compensando com o
que existia e existe de muito mau (mal) para os mais pobres. Foram os
portugueses que os escolheram (elegeram) em eleições, dirão os alguns
demasiados… Pois foram. Graças às promessas mentirosas, graças a certa
comunicação social que os “vendem” sem serem penalizados por publicidade
enganosa, graças a ainda hoje não esmifrarem em jornalismo investigativo os
eventuais “podres” de Cavaco e muito provavelmente de Passos, nem de Portas
(submarinando e etc.). Isso, em jornalismo, já que a chamada justiça nada faz
aos que estão lá pelos topos… mas que topamos. São esses maduros que contribuíram
e contribuem para a descredibilização dos políticos, das instituições, do país. Cavaco
foi exímio em descredibilizar a Presidência da República. Passos e Portas
(fiquemos só por estes) também foram exímios na desonestidade enquanto
governantes. Curiosamente um e outros – juntamente com a restante pandilha –
estão orientados na vida. Soberbos, continuando a viver à grande (alguns deles)
à custa dos que vilipendiaram, mentiram, esbulharam. E estão prontos para mais
esbulho se lhes derem novas oportunidades.
Chega.
Basta de escrever tão repetidamente sempre o mesmo e que se resume a frase
simples: tivemos décadas e estes últimos quatro anos uma cambada de sacanas nos
poderes. Oxalá tudo se venha a recompor e regresse à decência.
Como
São Tomé, ver para crer. E queremos muito ver isso. Precisamos.
A
seguir, o Expresso Curto, do Bernardo Ferrão. Leitura interessante que informa,
à moda do Expresso do tio Balsemão do Bilderberg. Bilderberg, aquela “coisinha” tipo seita opaca que vicia os dados com vista ao tal governo mundial – que até já existe. Dizem e... sente-se? Ai não!
Tenha
um dia o melhor possível. Cuidado com as carteiras (os que as usam com alguma coisa). Cuidado
com os mafiosos que só são desmascarados "oficialmente" muitos tempo depois
porque é assim que dá jeito ao sistema dos malfeitores que ascenderam a políticos
preponderantes “desinteressadamente” e enquanto faziam (fazem) a rodagem aos
automóveis novos.
Arranque
sem fazer poerira, expressamente.
Redação
PG / MM
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Bernardo
Ferrão - Expresso
É
oficial: fomos mesmo enganados na devolução da sobretaxa
Lembra-se?
Maria Luís Albuquerque - “Se o ano acabasse agora esse crédito fiscal de sobretaxa será de 25%, mas se me pergunta a minha expectativa é que o resultado possa ser ainda melhor do que esse.”
Maria Luís Albuquerque - “Se o ano acabasse agora esse crédito fiscal de sobretaxa será de 25%, mas se me pergunta a minha expectativa é que o resultado possa ser ainda melhor do que esse.”
Jornalista – “E não fará disso uma bandeira eleitoral na campanha?”
Maria Luís Albuquerque – “Não.”
Esta conversa da ex-ministra das finanças com os jornalistas aconteceu no final de agosto do ano passado. Um mês depois, a 25 de setembro – faltavam poucos dias para aslegislativas de outubro -, o Governo subia a fasquia: afinal a devolução da sobretaxa podia ser ainda melhor. Chegava já aos 35%.
O resto da história já todos sabemos. Depois das eleições, adevolução cai de 35% para 9% (“um embuste”, gritou a oposição), e nos meses seguintes percebemos todos que afinal ia ser ZERO.
Fomos enganados? Sim, fomos. E entretanto passámos a confiar menos na máquina fiscal de Maria Luís e de Paulo Núncio que tanto exigiu: os contribuintes não podem falhar, mas eles prometeram ao país um cheque gordo (ao sabor da campanha) que afinal não tem cobertura. E até lançaram um simulador (uma boa ideia, diga-se) que não serve paraNADA.
Maria Luís não foi a única a acenar-nos com mais uns euros na carteira. Passos também fez das suas, e também na véspera das eleições:
“Assumimos este compromisso: se a receita fiscal no IVA e no IRS ficar acima do que nós projetamos, então tudo o que vier a mais será devolvido aos contribuintes. E sabemos hoje queestamos em condições em 2016 de cumprir essa norma do Orçamento e que eles irão receber uma parte importante dessa sobretaxa, 27 de setembro de 2015.
Pois, agora é oficial. Os contribuintes não vão receber qualquer devolução da sobretaxa paga em 2015, porque a evolução da receita de IRS e IVA durante o ano não foi superior à prevista no Orçamento do Estado de 2015.
Depois de tudo isto, pergunto-me: como é que Paulo Núncio conseguiu dizer em novembro, no Parlamento, que a“devolução da sobretaxa nunca tinha sido uma promessa”?
Viremos de página e de ministro.
A agência de rating Moody’s diz que o esboço do OE/2016 de Mário Centeno é otimista e repete erros do passado.A notícia tem destaque no Económico que escreve que a agência concorda com os riscos destacados pelo Conselho de Finanças Públicas.
O Correio da Manhã traz em manchete que a Função Pública escapa a travão das reformas. Os trabalhadores do setor público podem continuar a reformar-se a partir dos 55 anos e 30 de descontos. Mas o Governo vai voltar a congelar as reformas antecipadas no setor privado.
Entretanto, os técnicos da Comissão Europeia já estão em Lisboa, para aquela que é a terceira missão da Troika em Portugal desde que o país deixou o programa de assistência. As reuniões entre o ministério das finanças e os chefes de missão da Comissão, BCE e FMI – que servem para monitorizar a recuperação económica e financeira do país e a consolidação das contas públicas - só devem arrancar amanhã ou na quinta.
Do Terreiro do Paço, para Belém:
Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República eleito, quer contar em livro toda a história da sua candidatura, desde o momento da decisão até à noite da vitória. Como nos revela aqui o Filipe Santos Costa, a obra será lançada ainda antes de Marcelo se instalar no palácio e terá palavras do próprio e fotos de Rui Ochoa que o acompanhou na campanha.
O novo Presidente – que conseguiu o inédito de ganhar em todos os distritos numa primeira eleição - andou ontem entre a Faculdade de Direito e a Fundação de Bragança, a que preside, a preparar a passagem de pastas. Pelo meio, ainda teve tempo de dar boleia à SIC.
Na reportagem do Pedro Benevides, Marcelo, enquanto conduzia o seu carro, confessou: “é uma vida diferente”– agora tem segurança -, mas “não vou deixar de ser quem sou”. O novo PR contou que no domingo recebeu milhares de sms e voltou a garantir que não vai ter primeira-dama: “O mundo está cheio de chefes de Estado que viajam sozinhos.”
No capítulo dos derrotados, diz o Negócios que as eleições abriram um buraco de 1,4 milhões nas contas de quatro candidatos. É que só os que conseguiram pelo menos 5% dos votos é que recebem subvenção pública – o que permite uma poupança ao Estado de dois milhões de euros.
“Maria de Belém tem a maior fatura - 790 mil euros. Edgar Silva, o candidato do PCP, previa receber um apoio público de 378 mil euros. Henrique Neto precisa de encontrar 199 mil euros para cobrir as despesas que orçamentou. E Paulo Morais fica com um prejuízo de 61 mil euros.”
Morais já fez um apelo a pedir donativos dos cidadãos para pagar a campanha. No caso de Maria de Belém, o DN escreve que o PS não a vai ajudar: é “um problema privado”, dizem.
A estas contas juntam-se as faturas políticas. No PS, como escreve a Cristina Figueiredo, a fuga de eleitorado foi evidente. É verdade que são eleições diferentes, mas é impossível não reparar que entre as legislativas de outubro e as presidenciais,o partido perdeu quase meio milhão de votos. Ainda assim, António Costa terá suspirado de alívio com a eleição de Marcelo. Se houvesse uma segunda volta, o líder socialista teria de apoiar Nóvoa e ai a derrota do PS seria mesmo indisfarçável. Ufa!
No PCP, o ambiente não está famoso. A Rosa Pedroso Lima adianta que o acerto de contas começa hoje na reunião do Comité Central. E os comunistas têm muito para discutir: Edgar Silva deu o pior resultado de sempre ao partido.
Adiante, se é daqueles que gosta de se perder no pormenor dos números, aconselho o trabalho da Raquel Albuquerque e da Sofia Miguel Rosa que nos explicam como votaram os portugueses no último domingo. Está aqui.
Na opinião. Nicolau Santos atira: “O dr. Costa deve estar muito preocupado, deve”. Henrique Monteiro confessa:“Sete coisas que eu sei sobre Marcelo”. Daniel Oliveiratitula: “Marcelo é rei, Costa nas suas sete quintas e PCP mais nervoso”. E finalmente, Henrique Raposo escreve que “dos fracos reza a história”.
FRASES
“Marcelo não será um monge como Cavaco, um chato como Sampaio ou altivo como Soares”. Vítor Matos, biógrafo do Presidente eleito ao i
“Se o secretário-geral diz que o PS não apoia nenhum candidato, acho que, por exemplo, o presidente do partido [Carlos César] deve coibir-se de tomar uma posição que diz ser a título pessoal. Nestas coisas não há posições a título pessoal. Ou se apoia um ou apoia outro ou as pessoas não apoiam ninguém”, Vera Jardim, apoiante de Maria de Belém na Renascença
OUTRAS
NOTÍCIAS
O Público explica que Cavaco Silva será obrigado a promulgar a adoção por casais gay antes de sair de Belém. Depois do polémico veto conhecido ontem (no dia seguinte à eleição do novo PR), o assunto volta ao Parlamento já no início de fevereiro. PS, PCP, BE e PEV vão confirmar a lei para “ultrapassar veto”, obrigando Cavaco a promulgá-lo antes de sair.
"A minha atitude é muito simples: é de disponibilidade". A frase é de António Guterres que assim confirmou a vontade de liderar a ONU. O ex-PM falava esta noite numa conferência em Serralves sobre refugiados, onde admitiu que a corrida não vai ser fácil.
Durão Barroso considerou que o regresso das 35 horas na função pública é um “descalabro completo”. O ex-presidente da Comissão Europeia disse-o numa conferência em Lisboa onde também defendeu que a “A Europa precisa de mais, não de menos, trabalho”.
A Organização Mundial de Saúde alerta que o zika vírusdeve afetar quase todo o continente americano com exceção do Canadá e Chile. O zika é transmitido por picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.
Depois do whatsapp de Pablo Iglesias para Pedro Sanchez, ontem Mariano Rajoy e Albert Riveraconversaram ao telefone. Os dois líderes acordaram iniciar conversações entre as equipas do PP e do Ciudadanos para tentar encontrar uma solução para o impasse político. Rivera informou Rajoy que também pretende falar com o PSOE.
Bruce Springsteen regressa ao Rock in Rio Lisboa. Quatro anos depois da sua última atuação, o Boss sobe ao Palco Mundo no dia 19 de maio.
A Antárctida voltou a matar. O britânico Henry Worsleynão resistiu ao desgaste físico e morreu sem cumprir o objectivo de atravessar o continente antártico a pé, sozinho e sem assistência. Estava a 48 quilómetros do fim da expedição.
O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em março,abriu hoje em baixa no mercado de futuros de Londres, a valer 29,50 dólares, menos 3,2% do que no fecho da última sessão.
O QUE ANDO A LER
O Público explica que Cavaco Silva será obrigado a promulgar a adoção por casais gay antes de sair de Belém. Depois do polémico veto conhecido ontem (no dia seguinte à eleição do novo PR), o assunto volta ao Parlamento já no início de fevereiro. PS, PCP, BE e PEV vão confirmar a lei para “ultrapassar veto”, obrigando Cavaco a promulgá-lo antes de sair.
"A minha atitude é muito simples: é de disponibilidade". A frase é de António Guterres que assim confirmou a vontade de liderar a ONU. O ex-PM falava esta noite numa conferência em Serralves sobre refugiados, onde admitiu que a corrida não vai ser fácil.
Durão Barroso considerou que o regresso das 35 horas na função pública é um “descalabro completo”. O ex-presidente da Comissão Europeia disse-o numa conferência em Lisboa onde também defendeu que a “A Europa precisa de mais, não de menos, trabalho”.
A Organização Mundial de Saúde alerta que o zika vírusdeve afetar quase todo o continente americano com exceção do Canadá e Chile. O zika é transmitido por picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.
Depois do whatsapp de Pablo Iglesias para Pedro Sanchez, ontem Mariano Rajoy e Albert Riveraconversaram ao telefone. Os dois líderes acordaram iniciar conversações entre as equipas do PP e do Ciudadanos para tentar encontrar uma solução para o impasse político. Rivera informou Rajoy que também pretende falar com o PSOE.
Bruce Springsteen regressa ao Rock in Rio Lisboa. Quatro anos depois da sua última atuação, o Boss sobe ao Palco Mundo no dia 19 de maio.
A Antárctida voltou a matar. O britânico Henry Worsleynão resistiu ao desgaste físico e morreu sem cumprir o objectivo de atravessar o continente antártico a pé, sozinho e sem assistência. Estava a 48 quilómetros do fim da expedição.
O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em março,abriu hoje em baixa no mercado de futuros de Londres, a valer 29,50 dólares, menos 3,2% do que no fecho da última sessão.
O QUE ANDO A LER
Daqui a pouco mais de um mês, a 9 de março, Cavaco Silva passa o testemunho a Marcelo Rebelo de Sousa. Além da mudança de Presidente, esse dia marcará também o fim de uma era: o “cavaquismo”. Um período que começa em 1985, e no célebre congresso da Figueira da Foz de onde saiu aquele que se tornaria num dos políticos mais importantes do pós 25 de abril.
Cavaco Silva sai de cena com a popularidade arrasada, e debaixo de muitas críticas – e o veto conhecido ontem desgastou-lhe ainda mais a imagem -, mas leva no curriculum 4 maiorias absolutas, dez anos de Governo e mais dez de Presidência. Foi sobre esta última década que a Luisa Meireles escreveu na revista do Expresso no passado fim-de-semana. Um balanço da presidência de Cavaco Silva que vale a pena ler.
Hoje fico por aqui. O Expresso Curto de amanhã é do Henrique Monteiro.
Tenha um excelente dia. Até à próxima.
Sem comentários:
Enviar um comentário