O
deputado comunista Miguel Tiago considerou hoje que os auxílios estatais ao
setor financeiro têm servido os interesses dos acionistas dos bancos, mas
prejudicam as necessidades dos contribuintes, defendendo o controlo público da
banca.
"Porque
é que para os bancos há sempre todos os recursos, mas para servir os serviços
do Estado esses recursos falham, dando resposta não às necessidades do país,
mas aos acionistas dos bancos", lamentou.
Segundo
o deputado do PCP, que falava durante a discussão das propostas para a
constituição de uma comissão de inquérito ao Banif em reunião plenária no
parlamento, "os banqueiros sabem que contam sempre com o Governo".
Miguel
Tiago sublinhou que "o governador do Banco de Portugal disse na altura da
injeção de 1.100 mil milhões de euros [no Banif, em 2013] que era um bom
negócio, já que dava uma taxa de 10%. Agora nem se fala na taxa, e nem os 1.100
milhões de euros se vão recuperar".
Daí,
concluiu que os resgates à banca "servem os interesses do setor
privado" e que só há uma solução para ultrapassar este problema, que
"é ser o povo português o acionista dos bancos".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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