O
membro do Comité Central do PCP e candidato Edgar Silva dramatizou hoje o apelo
ao "voto vermelho, escarlate, da cor da luta" num comício desta noite
da Amadora, a um dia do final da sua campanha presidencial.
"Que
seja um voto inteiro, completo, que é não apenas em parte, para sossegar a
consciência de um dever cumprido. Para que o voto seja nesta candidatura, que é
a única, a nossa, dos valores de Abril, que garante um voto vermelho,
autenticamente, despudoradamente, desavergonhadamente vermelho, que não
engana", incitou.
Perante
cerca de 300 pessoas, num jantar servido no salão dos bombeiros voluntários
amadorenses, o deputado regional madeirense defendeu que "ninguém pode
ficar de fora, a assistir, no sofá, de pantufas a ver a banda passar".
"Esta
é a hora, a nossa hora, a hora da militância, da força do coletivo se afirmar
para que Abril saia vencedor no próximo domingo", advertiu, recebendo
palmas e palavras de ordem de apreço.
Para
Edgar Silva, o voto na sua candidatura é "o voto vermelho da cor da luta,
daqueles que lutam pela justiça, pela transformação da história, pelos
direitos, liberdades e garantias".
"Está
na nossa mão esclarecer, mobilizar para que esse voto seja vermelho, escarlate,
bem vermelho, o voto da cor da luta, mas que não trai em situação alguma, que não
trai o povo, os trabalhadores, Portugal e os portugueses", garantiu.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Edgar
Silva salienta diferença entre sondagens e "o clamor da rua"
O
candidato presidencial Edgar Silva chamou hoje a atenção para a diferença entre
o que estimam as sondagens, que apontam "para o passado", e o
"clamor da rua, dos trabalhadores e do povo", questionando "quem
fala verdade".
"[As
sondagens] têm a ver com o que era antes, na semana anterior, anteontem. Hoje,
a multidão que se agiganta, que grita por Abril... Entre a rua e a vida, quem
fala verdade? É a vida, a rua, o povo, os trabalhadores", afirmou, depois
de serem conhecidos diversos estudos de opinião em que figura com intenções de
voto de até 5% e referindo-se à "arruada" bastante participada entre
o Chiado e a Baixa lisboetas.
Salvaguardando
não ter qualquer preconceito contra aquela "dimensão da ciência
política" ou "suspeição em relação a quem as faz", Edgar Silva
frisou que as sondagens procuram "captar o que já aconteceu",
enquanto a "dinâmica da vida, o futuro, é, por definição, o que ainda não
aconteceu, o que está por vir" e "não há sondagem que consiga
acompanhar como está a crescer esta pujante afirmação dos valores de
Abril".
"Esse
contraste é tão forte que, entre a rua e a vida e aquilo que está a acontecer
quem fala verdade? [É] a vida, a rua, o povo, o trabalho, os
trabalhadores!", vincou, desconfiando das estimativas de "votação
elevada no candidato apoiado por Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas,
Marcelo Rebelo de Sousa".
O
membro do Comité Central comunista disse interrogar-se sobre a real
possibilidade de "aqueles homens e mulheres que foram - e são aos milhares
em Portugal - roubados nos seus salários, rendimentos" irem, de facto,
colocar "o seu voto igual ao daqueles que foram responsáveis pelo
roubo".
"[Entre]
todos aqueles que ao longo destes anos foram assaltados, qual o homem ou mulher
de bom senso que, depois de assaltados, iria dar um prémio a quem o
assaltou!?", indignou-se.
O
candidato reiterou que o seu projeto para o Palácio de Belém assenta na "liberdade,
democracia, direitos humanos, paz e cooperação entre os povos".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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