Passos
insinuou que o ministro da Educação representava interesses alheios à
comunidade educativa. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares pede
explicações e não se conforma com as palavras do líder do PSD.
A
contestação não se fica pelos colégios privados. Entre Governo e oposição a
tensão cresceu este fim de semana devido ao despacho do Ministério da Educação
sobre o fim dos contratos de associação.
Pais,
alunos e professores aproveitaram a ida de António Costa ao Norte, a propósito
da inauguração do Túnel do Marão, para mostrar o seu descontentamento. Mas na
política o que mais se destacou foram as declarações de Pedro Passos Coelho.
O
líder do PSD insinuou que o ministro da Educação representava interesses
alheios à comunidade educativa. “Formalmente ministro da Educação, porque, na
prática, começamos a ter dúvidas que seja mesmo ministro da Educação”, disse o
presidente do maior partido da oposição sobre Tiago Brandão Rodrigues.
As
reações não se fizeram esperar. E Pedro Nuno Santos foi o membro do Executivo
que mais inconformado se mostrou com as críticas de Passos Coelho.
Numa
declaração à imprensa no Palácio de S. Bento, o secretário de Estado dos
Assuntos Parlamentares explicou que “uma coisa é fazer criticas e estar em
desacordo com a política educativa do Governo, outra coisa completamente
diferente é aquilo que o Pedro Passos Coelho fez, lançando acusações graves e
insinuações graves sobre a idoneidade de um membro do Governo”.
Pedro
Nuno Santos realçou que o líder da oposição fez um tipo de “declarações [que]
não é compatível com a função que Pedro Passos Coelho ocupa” e pediu, por isso,
que as afirmações sejam fundamentadas.
“A
bem da qualidade e da seriedade do debate político em Portugal, exortamos Pedro
Passos Coelho a, rapidamente, concretizar e fundamentar as acusações que fez
sobre o ministro da Educação”, solicitou o secretário de Estado do Executivo de
António Costa.
Goreti
Pera – Notícias ao Minuto
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