Martinho Júnior, Luanda
Na
sequência de conversações que duraram mais de 4 anos, tendo como intermediários
Cuba e a Noruega e acompanhantes a Venezuela e o Chile, os resultados
conseguidos põem fim à mais antiga guerrilha do hemisfério ocidental, com a
integração no processo democrático colombiano como partido político das FARC-EP
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Exército do Povo) e um conjunto de
medidas que visam salvaguardar os direitos das classes mais desfavorecidas.
O
Acordo definitivo será resultado por seu turno dum Referendo Nacional com vista
a que todo o povo colombiano possa decidir.
As
conversações foram feitas sobretudo num ambiente latino-americano que
certamente trará imensos ensinamentos para toda a América Latina, projetando
também a Noruega, um dos países que ocupa os primeiros lugares em termos de
Desenvolvimento Humano conforme aos Índices anualmente publicados pelos
organismos da ONU, como um fator de paz a ter em conta ao nível global.
Na
Colômbia abrem-se espaços de integração e participação como nunca antes ocorreu
e o aprofundamento da democracia será muito importante para se fazer face a
outros fenómenos com implicações nacionais, entre eles as formas e os métodos
de combate ao tráfico de drogas sobretudo no que diz respeito à componente nacional.
Os
angolanos só podem regozijar-se pelos avanços progressistas alcançados na
Colômbia, um país na América do Sul com imensos potenciais e recursos, que é
também sensível nos relacionamentos regionais, onde os espaços de participação
se abrem ao todo nacional.
Com
a paz na Colômbia, reforçam-se os processos democráticos e de integração
latino-americana, incentivando outros a procurar o mesmo tipo de soluções
históricas onde quer que ocorram contradições radicais ou em vias de
radicalização, levando sempre em conta a necessidade de implementar direitos
iguais para as classes mais vulneráveis da sociedade e de forma esclarecida
enfrentar os problemas próprios dos desequilíbrios humanos, do
subdesenvolvimento e do respeito que os habitantes devem ter para com a Mãe
Terra.
Este
processo de democratização leva em conta as condutas de domínio da hegemonia
unipolar, reduzindo os impactos nocivos do capitalismo neoliberal nas
sociedades dos países do sul, por que não impedem a capacidade crítica em relação
ao comportamento do império quando a globalização é irreversível para todos os
habitantes e para a vida nesta minúscula casa comum!
Fotos:
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Acordo entre o governo colombiano e as FARC-EP;
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Representante governamental colombiano nas conversações de Havana;
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Representante das FARC-EP nas conversações de Havana.
A
consultar:
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Un nuevo paso hacia la paz de Colombia – http://www.granma.cu/mundo/2016-08-24/un-nuevo-paso-hacia-la-paz-de-colombia-gobierno-y-farc-ep-llegan-a-un-acuerdo-final-en-la-habana-24-08-2016-19-08-51
-
Anuncian Comunicado conjunto para la terminación del conflito Gobierno e
FARC-EP – http://www.granma.cu/mundo/2016-08-24/anuncian-comunicado-conjunto-para-la-terminacion-del-conflicto-gobierno-y-farc-ep
-
Hemos ganado la mas hermosa de las batallas: la da paz de Colombia – http://www.granma.cu/cuba/2016-08-25/hemos-ganado-la-mas-hermosa-de-todas-las-batallas-la-de-la-paz-de-colombia-25-08-2016-00-08-17
-
El fin de la guerra dará paso a una nueva etapa – http://www.granma.cu/mundo/2016-08-24/el-fin-de-la-guerra-dara-paso-a-una-nueva-etapa-video
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