domingo, 4 de setembro de 2016

Cerca de 320 mil eleitores cabo-verdianos escolhem 22 presidentes de câmara



Cerca de 320 mil eleitores cabo-verdianos vão hoje às urnas para as sétimas eleições autárquicas realizadas no país desde 1991, numa disputa em que 57 candidatos disputam a presidência das 22 câmaras municipais.

Segundo dados da Direção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral (DGAPE), para o escrutínio estão inscritos 319.242 eleitores, mais 16.475 novos votantes em relação às legislativas de março último.

Os eleitores poderão votar em mais de mil mesas de votos espalhadas pelas nove ilhas habitadas do país, que abrem às 08:00 (10:00 em Lisboa) e fecham às 18:00 (20:00 em Lisboa).

O Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi) de Cabo Verde promete divulgar os primeiros resultados sobre as eleições autárquicas uma hora após o fecho das urnas, na página da Internet www.eleicoes.gov.cv, que vai ficar disponível ao público em geral.

Para estas eleições autárquicas, concorrem seis partidos políticos e cinco grupos de cidadãos independentes, totalizando 57 candidatos à presidência das câmaras, em eleições que serão também para as assembleias municipais.

O Movimento para a Democracia (MPD, no poder e que detém 14 das 22 câmaras) é o único partido que concorre em todos os 22 municípios cabo-verdianos, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, maior da oposição e com 08 câmaras) disputa a presidência de 21 municípios e apoia um candidato independente na ilha do Maio.

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, terceiro no país e com três assentos no parlamento), concorre na Praia, Maio, Ribeira Grande e Paul (Santo Antão), Sal e São Vicente, onde o líder do partido, António Monteiro, é candidato pela quarta vez seguida.

Nos partidos sem assento parlamentar, apenas o Partido Popular (PP) concorre em dois municípios (Praia e Calheta de São Miguel), enquanto o Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS) concorre na Praia e o Partido Social Democrata (PSD) entra na corrida no Sal.

Há ainda outras candidaturas independentes de dirigentes que saíram dos dois maiores partidos cabo-verdianos, descontentes com as escolhas dos seus antigos partidos para estas eleições municipais.

As autárquicas dão continuidade ao ciclo de eleições este ano em Cabo Verde, depois das legislativas em março último e das presidenciais marcadas para 02 de outubro próximo.
Estas serão as sétimas eleições autárquicas no país em 25 anos de municipalismo, depois de 1991, 1996, 2000, 2004, 2008 e 2012.

Nas autárquicas só podem votar os cidadãos cabo-verdianos recenseados no território nacional, os cidadãos lusófonos residentes no país e que estejam recenseados e os cidadãos estrangeiros e apátridas, residentes no país há mais de três anos e que estejam recenseados.

RYPE // EL - Lusa

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