Segundo
o líder do PCP, a acção e intervenção do PSD e do CDS visa promover uma
campanha que associa a devolução de direitos e rendimentos a tragédias e
iminentes catástrofes.
No
comício de encerramento da Festa do Avante!, Jerónimo de Sousa, num discurso de
cerca de cinquenta minutos, fez um percurso onde abordou múltiplos aspectos da
política nacional, nomeadamente a luta dos trabalhadores, o desemprego,
salários e pensões, e o crescimento económico. Sublinhou ainda a posição e a
análise do PCP sobre a actualidade e eventuais desenvolvimentos da situação
internacional.
Numa
tarde de intenso calor, perante uma imensa e colorida plateia que enchia por
completo o espaço do palco do comício, o secretário-geral do PCP falou da
evolução da nova fase da vida política nacional, que caracterizou como «de
consolidação e aprofundamento do caminho percorrido de devolução de direitos e
rendimentos e a solução dos problemas nacionais», chamando a atenção para
o facto de esta se confrontar com duas ameaças que intimamente se articulam, «a
que resulta da insidiosa acção dos partidos do revanchismo, PSD e CDS,
apostados que estão na desestabilização do País a todo o custo, a pensar no seu
rápido regresso ao poder, e a ameaça que se desenvolve a partir da União
Europeia com o mesmo objectivo de fazer implodir qualquer solução que ponha em
causa a orientação da política dominante».
Mas
Jerónimo de Sousa falou também de uma perigosa ilusão que permanece, «tão
perigosa quanto as ameaças, de que é possível avançar de forma decidida na
solução dos problemas de fundo do País com simples ajustamentos ao modelo
imposto pelo processo de integração capitalista da União Europeia e sem o
libertar das amarras da política que o conduziu à crise e à ruína».
Para
o secretário-geral do PCP, «as opções do PS e a sua assumida atitude de não
romper com os constrangimentos externos – sejam as imposições da União
Europeia, a submissão ao Euro ou a renegociação da dívida, seja a não
ruptura com os interesses do capital monopolista – são um grave bloqueio à
resposta aos problemas do País. Mas também uma forma de favorecer as forças que
querem impor o regresso ao passado e continuar a levar o País pelo caminho da
crise e ao declínio».
No
palco do comício estavam também presentes membros da direcção do PCP e representantes
de dezenas de partidos comunistas e outras forças progressistas de todo o
mundo, convidados a participar nestes três dias de festa.
AbrilAbril
- ontem
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