segunda-feira, 5 de setembro de 2016

“O POVO NÃO QUER O REGRESSO DO PSD E DO CDS” – Jerónimo na Festa do Avante



Segundo o líder do PCP, a acção e intervenção do PSD e do CDS visa promover uma campanha que associa a devolução de direitos e rendimentos a tragédias e iminentes catástrofes.

No comício de encerramento da Festa do Avante!, Jerónimo de Sousa, num discurso de cerca de cinquenta minutos, fez um percurso onde abordou múltiplos aspectos da política nacional, nomeadamente a luta dos trabalhadores, o desemprego, salários e pensões, e o crescimento económico. Sublinhou ainda a posição e a análise do PCP sobre a actualidade e eventuais desenvolvimentos da situação internacional.

Numa tarde de intenso calor, perante uma imensa e colorida plateia que enchia por completo o espaço do palco do comício, o secretário-geral do PCP falou da evolução da nova fase da vida política nacional, que caracterizou como «de consolidação e aprofundamento do caminho percorrido de devolução de direitos e rendimentos e a solução dos problemas nacionais», chamando a atenção para o facto de esta se confrontar com duas ameaças que intimamente se articulam, «a que resulta da insidiosa acção dos partidos do revanchismo, PSD e CDS, apostados que estão na desestabilização do País a todo o custo, a pensar no seu rápido regresso ao poder, e a ameaça que se desenvolve a partir da União Europeia com o mesmo objectivo de fazer implodir qualquer solução que ponha em causa a orientação da política dominante».

Mas Jerónimo de Sousa falou também de uma perigosa ilusão que permanece, «tão perigosa quanto as ameaças, de que é possível avançar de forma decidida na solução dos problemas de fundo do País com simples ajustamentos ao modelo imposto pelo processo de integração capitalista da União Europeia e sem o libertar das amarras da política que o conduziu à crise e à ruína».

Para o secretário-geral do PCP, «as opções do PS e a sua assumida atitude de não romper com os constrangimentos externos – sejam as imposições da União Europeia, a submissão ao Euro ou a renegociação da dívida, seja a não ruptura com os interesses do capital monopolista – são um grave bloqueio à resposta aos problemas do País. Mas também uma forma de favorecer as forças que querem impor o regresso ao passado e continuar a levar o País pelo caminho da crise e ao declínio».

No palco do comício estavam também presentes membros da direcção do PCP e representantes de dezenas de partidos comunistas e outras forças progressistas de todo o mundo, convidados a participar nestes três dias de festa.

AbrilAbril - ontem

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