sexta-feira, 11 de novembro de 2016

“Not my president”: Protestos nos EUA contra eleição de Trump



Pelo menos 10 cidades norte americanas foram palco de protestos contra a eleição de Trump - Nova Iorque, Chicago, Richmond, Nova Orleães, Portland, Oakland, Los Angeles, Seatle, Boston e Washington. A comunidade educativa também está em alerta.

“Not my president” (“Não é o meu Presidente”), "No Racist USA" ("Não ao racismo nos EUA”), "My body, my choice” (“O meu corpo, a minha escolha”), “White Males for Equality for All” ("Homens brancos pela igualdade para todos”), "Impeach Donald Trump” (Destitiur Donald Trump”), "hey hey, ho ho, Donald Trump has got to go" ("hey hey, ho ho, Donald Trump tem de sair”), "Trump's a racist" ("Donald Trump é um racista”), “Stop Donald Trump” (“Parem Donald Trump”).

Milhares de pessoas bloquearam as ruas em redor da Trump Tower em Nova Iorque. Outro grupo de manifestantes juntou-se perto do Trump International Hotel & Tower. Cerca de 65 pessoas foram detidas.

Em Los Angeles, os manifestantes concentraram-se em frente à Câmara Municipal e incendiaram uma efígie gigante de Trump. Durante a noite, marcharam pela autoestrada 101, cortando temporariamente o trânsito. Pelo menos 13 pessoas foram detidas.

Washington também se juntou aos protestos, com uma concentração em frente ao Trump International Hotel.

Em Boston, milhares de manifestantes reuniram-se na baixa. Já em Chicago, o palco dos protestos foi o Trump International Hotel and Tower. Cinco pessoas foram detidas.

No Oregon, dezenas de pessoas queimaram bandeiras norte americanas e ocuparam as ruas da baixa de Portland, ocupando ainda duas linhas de comboio.

Cerca de 6 mil manifestantes concentraram-se em Oakland. Em Richmond, no Estado da Virgínia, manifestantes partiram janelas da sede do Partido Republicano. A polícia fez uma dezena de detenções. Em Nova Orleães, no Luisiana, atearam fogo a um boneco de Trump e partiram janelas de alguns edifícios, como bancos.

Comunidade educativa em alerta

“A nação na qual residem atualmente decidiu ontem à noite eleger um presidente que, pelas suas próprias palavras, se apresenta como um risco moral e até possivelmente físico para muitos de vós” , escreveu aos seus alunos o professor Alan Peel da Universidade de Maryland, adiando todas as avaliações.

“Discursos sectários incendiários parecem, infelizmente, fazer parte da retórica da campanha moderna, mas causam feridas reais”, lê-se no email enviado pela Northwestern University aos seus alunos, citado pelo USA Today.

A Universidade da Califórnia - Berkeley criou um espaço seguro para os estudantes pertencentes a minorias, e para aqueles que possam ser imigrantes ilegais. Também existe um espaço de conforto para mulheres e para a comunidade LGBT.

"Este é um momento desafiador para muitos dos nossos colegas e estudantes, que podem estar a sentir-se isolados e preocupados com o seu bem-estar pessoal", escreveu o presidente da Universidade de Vermont, Tom Sullivan, num email enviado à comunidade universitária.

A Boston Latin School, uma escola secundária em Boston, disponibilizou uma equipa de apoio de orientadores escolares, clínicos e enfermeiros no final do dia de quarta-feira e antes das aulas na quinta-feira para os alunos que precisam de apoio, de acordo com um email enviado à comunidade escolar.

A Montgomery Blair High School, em Maryland, teve uma reunião de balanço dos resultados eleitorais com orientadores durante o almoço dos alunos, de acordo com um tweet enviado pelo diretor da escola.

Esquerda.net

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